POEMA DE MARIÂNGELA FREITAS
Mesmo que o tempo passe não me cansarei
de perdoar;
de fazer o bem; de acreditar que o amor cura feridas e faz uma alma renascer de suas próprias cinzas.
Mesmo que o tempo passe, não deixarei que meus pés feridos me impeçam de seguir os passos que me foram dados a seguir; de percorrer os caminhos que o Senhor da Vida me reservou.
Mesmo que o tempo passe, se eu sofrer o abandono de pessoas queridas, acatarei sua decisão e entenderei que devem ter tido seus motivos para assim proceder.
Quero ser mansa, humilde e serena em meio aos frios e fortes ventos dos temporais.
Desejo ter um coração sempre disposto a compreender as falhas humanas como espero que muitos a quem feri, também compreendam os meus deslizes e meus momentos de desequilíbrio emocional.
Mesmo que o tempo passe, não me vingarei daqueles que me fizeram sofrer; não desejarei que lágrimas caiam de seus olhos, nem que sintam o que me fizeram sentir.
Quero ter sempre em meus lábios palavras doces e benditas para abençoar os que colocaram pedras pontiagudas em meu caminho.
Mesmo que o tempo passe e a noite da vida chegue lentamente e transforme o meu corpo num corpo senil, quero bendizer a todos aqueles que piscam os olhos, balançam a cabeça e fazem julgamentos apressados a meu respeito.
Sim, a noite da vida vai chegar e vou então ser uma anciã. Todavia, na noite da minha velhice, quero ter em minhas mãos para ofertar como lembrança aquela flor que sempre abriguei em meu coração:
A flor da amizade sincera,
a flor do mais puro sorriso,
a flor do amor imortal.
Postado em 06.03.2012 por Mariângela.
1 comentários:
Nada mais saudável do que conservar
um coração recheado de bondades,
um coração carregado de levezas,
de ternuras, de bondade...
Lindo texto!
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