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AJUDEM O ÂNGELO

Imagem ilustrativa



Bom dia!
Sábado, 30 de junho de 2012


AJUDEM O ÂNGELO
Escrito por Mariângela Freitas


Pergunto-me: afinal pra que serve um Blog? Não seria para falarmos sobre política, economia, poesia, espiritualidade, atualidades, ciências, tecnologia, futebol, moda, educação e até banalidades?

Se para tudo isto e muito mais, presta-se os blogs que existem nesse mundo, por que não usá-lo também para fazer apelos, convidar os leitores para uma leitura em torno de um tema bem particular?

Pois hoje venho lhes falar da minha angústia. Venho lhes contar uma história real e que já está na hora de ser publicada porque sei que por trás desse mundo virtual (internet) existem pessoas reais, que possuem em suas almas um dos  sentimentos mais  belos que um ser humano deve possuir: a compaixão. 

E se essa COMPAIXÃO for acompanhada de ATITUDE  e  AÇÃO torna-se ainda mais bela e iluminada.

Pois bem.Vou lhes contar a história de um cão chamado Ângelo.

Aconteceu em Umarizal, cidade na qual resido, e que fica na Região Oeste do Rio Grande do Norte - Brasil.

Um cão de cor branca, grande e muito bonito (muito parecido com o da foto acima), provavelmente fugiu de sua casa ou foi abandonado pelos donos. Não sabemos ao certo. Sabemos que não é um cão de rua, pois estava com uma coleira de couro muito bonita e bem nova ainda.

Este cão foi atingido por uma moto numa das ruas de nossa cidade. E ao que tudo indica ele quebrou ossos da coluna vertebral ou das patas traseiras pois a partir de então só consegue se locomover com ajuda das patas dianteiras que puxam e arrasta pelo chão seu corpo cansado.

Juntamente com alguns amigos, prestamos socorro a esse animal que foi levado à residência de uma pessoa que estava no grupo de auxílio e lá  ele foi examinado por um médico veterinário e desde então passou a ser alimentado e a receber os medicamentos receitados pelo profissional da saúde animal. Colocamos anúncio na rádio da cidade mas ninguém apareceu para apanhá-lo. Nem seus donos, se é que não foram embora e o abandonaram.

Percebendo que esse cão necessitava de maiores cuidados, tomamos a iniciativa de levá-lo à cidade de Mossoró-RN e lá o "internamos" numa Instituição de Caridade chamada "LAR DA CRIANÇA POBRE". Uma Instituição respeitada pelos serviços prestados àquela comunidade e administrada pelas freiras:  Irmã Ellen e Irmã Cristina, que é médica de humanos.

Temos ligado quase que diariamente para a Instituição e falado com Josy - Josineide F. Rebouças - a secretária do "Lar da Criança Pobre", que nos recebeu carinhosamente quando lá chegamos para pedir apoio para o cão a quem demos o nome de  Ângelo.

As notícias que nos chegam sempre nos entristecem muito: Ângelo não foi levado para fazer um raio X ou outros exames porque são muitos os animais que ali chegam para receber cuidados e tratamento e segundo a Irmã Ellen o apoio, como ração e medicamentos, que a Instituição recebe são mínimos.

O cão está se alimentando mas vez por outra rejeita a comida, os medicamentos e o banho que lhe querem dar. 

Nós nos comunicamos  com a irmã Ellen, por e-mail, e ela nos disse que pelo excesso de animais e de trabalho não podem cuidar tão especificante do cão Ângelo.

Então, movida por uma compaixão que chega a doer e que não  sei como descrevê-la e intimamente tocada por um sentimento que chamo de amor ou caridade para com as criaturas de Deus, vimos por meio deste Blog tentar sensibilizar alguém que tenha condições de ir à referida Instituição - em Mossoró -  resgatar aquele animal de seu sofrimento - que ele tem suportado com humildade e paciência.

Eis o endereço eletrônico para o contato com as irmãs Ellen ou Cristina: lardacrianca@uol.com.br 

Esperamos que alguém, de coração compassivo e bom; alguém que possua atitudes fraternas, mas acima de tudo cristãs, possa doar algumas horas de seu tempo para uma visita; um encontro com o aquele animal que espera dia após dia pelo socorro que Deus envia às suas criaturas, sejam elas dos reinos vegetal, animal ou hominal.

Se um cão não pode falar e expressar sua dor e seu sofrimento através de palavras, que nós - seres humanos já tão evoluídos - possamos entender o seu tristonho pedido de socorro que nos chega aos sentidos através dos olhos melancólicos daquele pobre animal.

Rogo sinceramente às Hostes Espirituais do bem, da luz e da verdade e rogo também aos Espíritos de Luz, que no Mundo Espiritual cuidam dos seres irracionais, que inspirem e toquem a alma de alguém que  "ouve" com o coração, neste instante,  nosso  pedido de socorro ao cão chamado Ângelo e que desde o dia 20 de junho de 2012 espera que um homem ou uma mulher de bem vá ao seu encontro provando que nada está perdido, que a humanidade ainda guarda dentro de si o belo sentimento da compaixão - aquele mesmo sentimento com o qual o Mestre de nossas vidas - Jesus - sentiu tantas vezes pelos desafortunados que cruzaram Seu caminho nas estradas da Galiléia, da Judéia...

Quem poderá ajudar o cão Ângelo? Levá-lo a um veterinário particular? À uma ONG que cuida e protege animais abandonados ou mesmo conduzi-lo a uma Faculdade de Medicina Veterinária onde certamente este trabalho será feito gratuitamente?

Quem cuidará desse cão quando ele for cirurgiado?  Quem lhe dará os remédios receitados? Quem irá adotá-lo e cuidará dele após o tratamento? Quem poderá devolver a este animal a alegria de viver?  Quem lhe dará um lar feliz e amoroso?

Ele é dócil, jovem. É um cão muito belo!

Um ato de amor enche a Terra inteira de luz e seu brilho ilumina as mãos caridosas que um dia souberam que a dor não machuca somente os seres humanos, ela maltrata também as fantásticas criaturas de Deus: NOSSOS IRMÃOS ANIMAIS!

Está feito o nosso pedido. Fica nos céus do mundo inteiro o nosso grito de socorro. Que Jesus leve este apelo às almas de grande sensibilidade para salvem da dor uma criatura indefesa que se debate entre a dor e a vontade de viver assim como cada um de nós.

Saúde e paz à todos e que Deus nos ampare em nossos caminhos por esta vida cheia de surpresas!











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O QUE MUDOU?




Bom dia!
Quarta-feira, 27 de junho de 2012



A SECA E O BOI
Poema de Mariângela Freitas


O boi pasta na areia,
No quente que a terra tem.
Não come mato; só formiga
E briga com os insetos
Que picam sua pele ardida,
Infecta, sem carne. Amém

Ninguém o protege, coitado!
Se eu fosse boi por um dia,
Não faria o que o patrão pediria,
Eu passaria o dia deitado
E olha o que eu exigiria:
Exigiria todo o verde do mundo,
Todo o verde que a terra tem.
Não pastaria na areia crua,
Não daria minha força a ninguém.

O patrão poderia pedir,
O patrão poderia gritar.
Não teria medo de grito:
-Não pasto no pasto seco.
No seco do solo seco?
Eu, boi, nunca hei de pastar.


Poema de Mariângela Freitas, escrito em 27 de outubro de 1987, enquanto o carro no qual íamos para a faculdade, em Patu- RN,  atravessava a comunidade chamada Pico dos Carros, no município de Martins -RN

Era cinco e trinta de uma tarde quente e seca. Aquela mesma seca que hoje assola o semi-árido do Nordeste brasileiro.

Em vinte e cinco (25) anos, o que mudou?





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VOCÊ PODE !




Bom dia!
Sexta-feira, 22 de junho de 2012



VOCÊ PODE AJUDAR
Texto retirado do site do veterinário Dr. Wilson Grassi


Você pode sim adotar um cão ou um gato abandonado. No entanto, existem outras formas de dar uma mão para esses animais.


1. Doe ração, acessórios e remédios veterinários
Muitas ONGs estão superlotadas e não conseguem fundos para alimentar todos os animais, ficando com seu orçamento no vermelho na maioria dos meses. Por isso, doar ração todos os meses é um ótimo jeito de ajudar.

Um pacote de 20 quilos custa, em média, R$ 80. Pesou? Doe um pacote mês sim, mês não. Além disso, você também pode doar acessórios, como coleiras usadas, roupinhas e cobertores para as instituições. Remédios dentro do prazo de validade também são aceitos.


2. Siga e compartilhe no Facebook
Diversos animais conseguem lares através do compartilhamento e comoção gerada em redes sociais. Por isso, ajude a causa compartilhando as ações delas no seu Facebook. É uma forma de auxiliar sem gastar nada - apenas alguns segundos do seu dia.


3. Ajude com dinheiro
Se você pode contribuir com dinheiro, vez ou outra, faça uma doação através de depósito bancário para instituições de sua confiança. Vale, porém, acompanhar o trabalho da instituição, para ver se o dinheiro está sendo gasto de maneira consciente. Não há valor mínimo para doar.


4. Abra suas portas temporariamente
Muitas ONGs precisam de lares temporários, pois estão com seus espaços lotados para acolherem mais animais de rua. Por isso, se você quer ser um tutor temporário, precisará se inscrever em sites e passar por entrevistas e vistorias. Tenha em mente, porém, que você é o tutor temporário e que a qualquer momento o animal pode ir embora. Cabe lembrar também que muitos tutores temporários acabam se apegando aos animais e os adotando definitivamente.


5. Divulgue notícias de maus-tratos e de animais perdidos
Para que a criminalidade relacionada a animais diminua, a sociedade precisa ficar atenta e não deixar que pessoas que os maltratam saiam impunes. Fiscalizar através de redes sociais funciona.

Você se lembra do caso da enfermeira, que em dezembro de 2011, agrediu um cãozinho da raça Yorkshire até a morte? Graças a postagens em redes sociais, o vídeo teve mais de 60 mil acessos em um único dia e ainda atingiu os Trending Topics (assuntos mais discutidos) do Twitter.

Porém, a punição para esses casos ainda não é como os protetores dos animais gostariam que fossem: a enfermeira não foi presa, terá apenas de pagar cestas básicas ou prestar serviços à comunidade.

Ao menos, graças às redes sociais, não ficou impune. Por isso, se você abraça a causa, compartilhe notícias de maus-tratos em sua rede e acompanhe o caso, não deixe que caia no esquecimento.

Ah, compartilhar casos de animais perdidos também pode ajudar os animais a encontrarem os tutores novamente.


6. Adote um amigo
Em vez de comprar um animal, pense em adotar de ONGs e abrigos. A vantagem é que há cães e gatos de todas as idades, que se adaptarão a todos os perfis de tutores, desde os mais calmos aos mais agitados. Adotar os mais idosos traz outra vantagem: o temperamento dele não mudará, ideal para quem mora em apartamento e precisa de animais mais calmos.


7. Faça trabalho voluntário
Algumas instituições, como a Gatos do Campo de Santana, organizam dias para voluntários ajudarem, como Dia do carinho, Dia do banho, entre outros. Além disso, muitas ONGs precisam de voluntários fixos. Basta querer ajudar e se comprometer mensalmente.


8. Assine petições contra abusos
Ficou sabendo de uma nova petição que protegerá os animais? Entre no site, assine e divulgue entre sua rede de conhecidos. O Instituto Nina Rosa publicou uma lista de petições que precisam de assinaturas.


9. Apadrinhe um animal
Você ama animais, mas não pode tê-los em casa por motivos diversos? Então, apadrinhe um. Diversas ONGs, instituições e associações oferecem essa opção. Funciona assim: você fica responsável por um animal específico, contribuindo em dinheiro para o bem-estar dele, até que ele seja adotado. Também pode visitar e levar muito carinho.


10. Socorra ao ver um animal doente na rua
Caso veja algum animal atropelado ou doente, preste socorro, levando a uma instituição ou a um hospital veterinário mais próximo. Muitos hospitais, ao saberem que o animal vive nas ruas, cobram um preço mais barato. Além disso, os animais de São Paulo estão prestes a ganhar um Hospital veterinário público. O projeto é do vereador Roberto Tripoli (PV) e já foi aprovado pelo prefeito Gilberto Kassab. Ficará localizado no bairro do Tatuapé, zona leste da cidade. Veja o que fazer caso encontre um animal de rua que precisa de ajuda:
· Após levar ao hospital, divulgue que você encontrou o animal, com cartazes pelas ruas e também em redes sociais. Deixe o cartaz em clínicas veterinárias próximas e pet shops.
· Se não encontrar os tutores e você não puder ficar com o animal, recorra a uma ONG ou a algum amigo ou parente.




Nossa missão será sempre lembrar:
É incrível: mas ninguém sabe do dia de amanhã!
Não maltrate os seres vivos!
Proteja os animais!
(Mariângela Feitas)


Fotos: http://saudeelazer.wordpress.com/

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OURO DE TOLO - RAUL SEIXAS



Pirita - conhecida como ouro de tolo

Bom dia!
Terça-feira, 19 de junho de 2012


OURO DE TOLO
Letra e música de Raul Seixas



Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...


Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...


Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...


Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...


Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...


Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...


Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...


Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...


É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...


E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...


Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...


Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Raul Seixas


Ouro de Tolo é uma canção de Raul Seixas presente no álbum Krig-ha, Bandolo! de 1973. Foi regravada em 1986 pela banda brasileira Camisa de Vênus, no álbum Correndo o Risco.

O nome Ouro de Tolo é uma alusão às promessas de falsos alquimistas na Idade Média, às quais se dava o nome de ouro de tolo.

Raul Seixas reduz a nada as aspirações da classe média que apoiou o milagre econômico da ditadura ao transpor a ideia para a década de 1970: era um um ouro de tolo a visão religiosa conformista e a euforia do cidadão respeitável gerada por estabilidade social.


Você pode ouvir esta bela canção clicando aqui:
 http://www.kboing.com.br/musica-e-letra/raul-seixas/70093-ouro-do-tolo/
 

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SABETUDO E ZÉ NINGUÉM

Imagem extraída do Facebook - jun - 2012



Bom dia!
Segunda-feira,18 de junho de 2012


SABE TUDO E ZÉ NINGUÉM
Texto de autoria de Mariângela Freitas


Quisera poder escrever com a leveza  de Emmanuel - o Amigo e Guia Espiritual do médium Chico Xavier. Eu o admiro.

Para quem está familiarizado com a literatura espírita e com os textos desse Espírito de tão alta magnitude, sabe bem do que estou falando. E qualquer um pode conhecê-los. Basta pesquisar nos sites de busca e ali estão: Chico, Emmanuel e seus sábios conselhos e ensinamentos.

Faltando-me a sapiência de ambos (Emmanuel e Chico) para escrever este texto que me foi inspirado, trago até aqui,  meu linguajar ainda imaturo e rígido e venho contar uma história que talvez tenha se passado tantas vezes em nosso sertão. Seja este sertão físico ou mental. 

Começa assim: SabeTudo (Esse o nome daquele homem), tomou do seu carro e meteu-se mato adentro. Depois de léguas e léguas no sol e na companhia de cactos escurecidos pelo calor do sertão, parou sob a sombra de um refrescante juazeiro. Ali encontrou uma figura humana: Zé Ninguém - o matuto.

O carro reluzente, porém empoeirado encheu de pedregulhos os pés de Zé Ninguém. SabeTudo desce do carrão e acha que encabulou o matuto velho, este já bem acostumado com essas carroças que a ferrugem um dia vai comer. 

-Bom dia! Fala o bonitão.
 E o feioso responde: Dia!

Aí já aconteceu o choque. O Bonitão, SabeTudo, fica mesmo impressionado com a pobreza do lugar, com o magreza do "retardado", com sua lerdeza de sertanejo enrugado e envelhecido prematuramente.

Daí a conversa:

SabeTudo: Gosta daqui?
Zé Ninguém: É bom.
SabeTudo: E água?
Zé Ninguém: Só quando chove
SabeTudo: Não tem mar por aqui?
Zé Ninguém: Vai ter. Quando ele invadir suas praias. Depois que vocês sufocarem os céus de fumaça, as calotas polares, as geleiras  vão se desmanchar e as águas vão chegar ao sertão. "O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão".
SabeTudo: Sabido você! De onde tirou isso?
Zé Ninguém: Já tem parabólica por aqui.
SabeTudo: E isso foi da TV?
Zé Nínguém: Uma parte. A outra foi dos livros.
SabeTudo: Não me diga que você sabe ler?!
Zé Ninguém: Dá pro gasto. 
SabeTudo: Ah, então é um doutor!!!
Zé Ninguém: Não chego a tanto. 
SabeTudo: O que lhe faz viver nesse fim de mundo? Aqui não tem nada. 
Zé Ninguém: Aonde é o fim do mundo? Quando você está lá no seu mundo, aqui onde moro é o fim do mundo. Mas estando no meu, o fim do mundo é aonde você mora. Estamos nas pontas. Cada ponta é o fim. E dizer que aqui não tem nada, é temeridade.
SabeTudo: Aqui tem alguma coisa? Só vejo solidão, espinhos, pedras, vacas magras, açudes secos, árvores sem vida.
Zé Ninguem: Escute bem, seu moço:
1º- A solidão está na sua mente. Você vê o que está em em você. Sua mente reflete seu mundo. Eu estou preenchido de amor porque assim vejo a Vida.
2º- Os espinhos me servem pra lembrar daqueles que só ferem porque nada mais tem a dar. Portanto são bons companheiros de jornada.
3º- Minhas vacas estão magras, mas não as abandonei porque quando gordas deram leite aos meus filhos.
4º- Sem chuva, os açudes secam mas posso ler em seu leito a lição da fartura e da escassez e isso me faz aprender a conduzir-me bem em dias de felicidade e de amarguras. 
5º- E isto aqui não são árvores sem vida. Elas hibernam. Dormem para acordar no tempo próprio, dando-nos a lição da paciência e da esperança. 
SabeTudo: Você tirou isso de algum almanaque?
Zé Ninguém: Não. Assim como você e seus filhos, também sou um internauta. Navego pelos  mares da sabedoria e do conhecimento todos os dias. Fazemos nossas escolhas. Por quais mares você navega?
SabeTudo: Acho que me equivoquei a seu respeito.
Zé Ninguém: A culpa não é sua. É da minha roupa, do meu cheiro e do carro que não possuo.
SabeTudo: Vou indo. Tenho que seguir viagem.
Zé Ninguém: Vá com Deus!

(O carro não anda. Faltou combustível?)

Zé Ninguém convida SabeTudo para um passeio na velha carroça. Tange o burro com um leve toque de uma comprida vara. E SabeTudo o interroga: - Por que não o açoita? Ele avançaria pelos campos mais depressa. 

Não tenho pressa. Além disso não costumo maltratar os animais.

E SabeTudo, sem nada compreender, porque em sua mente era tudo muito novo e muito confuso, admirou-se da delicadeza com que aquele animal era tratado.

E no trote manso daquele humilde quadrúpede (o burro), no sopro quente dos ventos do sertão, na tarde morna que trazia perfumes exóticos às narinas mais sensíveis, aqueles dois homens encontravam-se recolhidos em seus próprios sonhos, em suas próprias dores e nas meditações mais profundas que só Deus poderá saber.



    







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O PODER MENTAL E ACURA

Célula cancerosa


Bom dia,
Terça-feira, 12 de junho de 2012


O PODER MENTAL E A CURA



Um executivo, que vamos chamar de Antônio Carlos (nome fictício), presidia sua empresa de porte médio com muito trabalho e sucesso, após longos anos de árdua labuta para fazer crescer o seu pequeno empreendimento.

Horas e horas diárias de afazeres foram compensadas com o crescimento da empresa e a descoberta de nichos de mercado que a fizeram prosperar mais rapidamente, nos últimos anos. O executivo em questão tinha pouco tempo para dedicar a si mesmo, à família e a qualquer outra atividade que não fosse relacionada à sua empresa.

Após algum tempo, uma grande empresa vislumbrou na empresa de Antônio Carlos (AC) uma ótima oportunidade de crescimento e, após algumas negociações, fez uma oferta para a compra que o nosso executivo considerou irrecusável.

Levando em consideração que AC deveria permanecer à frente do empreendimento que criara, a proposta era simplesmente o final feliz de duas árduas décadas de trabalho diuturno.

A grande empresa, agora majoritária, tinha normas e regulamentos próprios aos quais Antônio Carlos e todos os seus funcionários passaram a ser subordinados, à exemplo de todos os membros do conglomerado empresarial.

Dentre as principais normas, havia um contrato global de seguro-saúde que obrigava aos executivos do alto escalão, a realização de um "checkup" anual completo, coisa que Antônio Carlos negligenciara por completo.

Sempre desfrutando de boa saúde e energia para o trabalho; dono e presidente da empresa, AC mandava e desmandava e, apesar de, habitualmente, mostrar-se cordial e gentil com seus subordinados, não tinha tempo para nada que não fosse o trabalho. Era um legítimo viciado em trabalho.

 O checkup de AC mostrou aptidão física excepcional para o exercício das funções que estavam em sua esfera de atribuições. Os exames de sangue e a avaliação das funções do coração mostraram resultados normais e adequados à idade do executivo (58 anos).

Entretanto, a radiografia do tórax mostrou uma área sólida na parte superior do pulmão esquerdo, do tamanho aproximado de um limão. Aconselhado a consultar um especialista, AC foi submetido à exames adicionais que incluiram uma biópsia do tumor. Tratava-se de um câncer do pulmão.

Logo após ser informado de que era portador de câncer do pulmão, Antônio Carlos passou a sentir-se cansado, perdeu o apetite e, em menos de dois meses, emagreceu 12 quilos.

Queixava-se frequentemente de dor, no lado esquerdo do peito e tinha tosse. Não raramente, ao tossir, eliminava sangue misturado ao escarro. Apesar das tentativas de sua equipe médica em estabelecer um programa de tratamento para o executivo, seu estado de saúde piorava rapidamente e a cirurgia foi descartada, diante da invasão de gânglios próximos ao tumor.

A quimioterapia ficou reservada para uma fase posterior do tratamento, caso a radioterapia pudesse reduzir a massa tumoral.

Antônio Carlos transformou-se em um indivíduo revoltado, amargurado, sofredor, triste e solitário. Abandonou os poucos amigos que tinha no trabalho e procurava ocultar da família, como se isso fosse possível, a gravidade da sua doença. Aproximadamente 4 meses após o checkup que revelou a presença do câncer, Antônio Carlos faleceu.

Ao explicar à família a gravidade da doença e a velocidade com que a mesma levou o paciente à morte, a filha mais velha de AC lembrou-se de que cerca de 5 anos antes desse episódio, seu pai havia consultado seu médico particular num final de semana, por apresentar sinais de uma forte gripe. Aconselhado a fazer uma radiografia do tórax, AC guardou o exame para mostrar ao clínico, numa próxima consulta. Que não chegara a realizar por ter curado a gripe em dois ou três dias.

Para surpresa de todos, a radiografia realizada há 5 anos mostrava exatamente a mesma imagem do tumor. A localização, o tamanho e as características gerais eram exatamente as mesmas nas duas radiografias, como se uma fosse a cópia fotográfica da outra. A única diferença existente entre os dois momentos da vida desse executivo era o conhecimento da existência do câncer. Enquanto AC desconhecia ser portador da doença, seu sistema de defesa mantinha o tumor estável, quieto, sem produzir qualquer sintoma; como se não existisse.

Desde o momento em que AC teve consciência de que era portador de câncer, sua mente "trabalhou" negativamente. Ao invés de cultivar esperança e acender uma vontade irresistível de lutar com todas as armas possíveis, para vencer a doença, o executivo entregou-se a ela, como se a informação da sua presença representasse uma "sentença de morte".

A desarmonia mental causada pela consciência da presença do câncer, produziu, inconscientemente, o resultado. Os sentimentos e as emoções negativas produzidas, deterioraram as defesas naturais do executivo.

O câncer, agora sem qualquer resistência do seu "hospedeiro", desenvolveu-se rapidamente, até consumir as energias necessárias à manutenção da vida que, em consequência, simplesmente se esgotou.

A nossa mente, como bem ilustra o exemplo do executivo Antônio Carlos, tem o potencial de produzir doenças, sejam da esfera psíquica sejam da esfera física. A especialidade médica que estuda essas doenças é a Medicina Psicossomática.

Mas, do mesmo modo que produz doença, a mente pode produzir saúde. Uma atitude mental positiva, diante de qualquer situação indesejável, pode fazer a diferença. Essa relação entre a mente e o corpo é conhecida desde a mais remota antiguidade. Foi ensinada pela primeira vez, por Hipócrates, considerado o Pai da Medicina.

No século I, o poeta grego Yuvenal escreveu uma prece que incluia a seguinte frase: "Mens sana in corpore sano", com o intuito de lembrar que para termos um corpo sadio é necessário que a mente seja sadia. A prece de Yuvenal se encerrava do seguinte modo: "... a saúde da mente e a saúde do corpo são estados altamente desejáveis, mais do que a beleza, a fortuna e o poder".

Joanna de Ângelis (Espírito) nos relembra que o pensamento é o único atributo que, por excelência distingue e caracteriza o ser humano. Só o ser humano pensa e, quando o pensamento (um atributo da alma), está em algum lugar, a alma também está, uma vez que é a alma que pensa. E, muito simplificadamente, a mentora espiritual, ressalta: "os maus pensamentos produzem doença, enquanto os bons pensamentos produzem saúde".
Pessoas estressadas, ansiosas, deprimidas e desmotivadas são mais propensas a adoecer. O pensamento é uma forma particular e extremamente poderosa de energia. Através do pensamento, podemos nos comunicar uns com os outros.

O que se grava na mente subconsciente, está programado para se tornar realidade física. O pensamento dá a ordem e o subconsciente a cumpre. Por isso, cada um de nós é o resultado dos próprios pensamentos. Todo e qualquer pensamento que o subsconsciente (ou inconsciente) aceita como verdadeiro, será fielmente cumprido. Por convencer-se de que o câncer iria vitimizá-lo, o executivo AC, instruiu o seu inconsciente para que isso se tornasse uma realidade.
REFERÊNCIA:

Joanna de Ângelis. Plenitude. Psicografia de Divaldo Franco. Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 1991.

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DEUS - Por EURÍPEDES BARSANULFO

 
 
 
 
Bom dia!
Sexta-feira, 08 de  junho de 2012
 
 
 
DEUS
Eurípedes Barsanulfo
 
O Universo é obra inteligentíssima; obra que transcende a
mais genial inteligência humana; e, como todo efeito
inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a
do universo é superior a toda inteligência; é a inteligência das
inteligências; a causa das causas; a lei das leis; o princípio dos
princípios; a razão das razões; a consciências das consciências;
é Deus! Deus! Nome mil vezes santo, que Newton jamais
pronunciava sem se descobrir!
 
Ó Deus que vos revelais pela natureza, vossa filha e nossa
mãe, reconheço-vos eu, Senhor, na poesia da criação; na
criancinha que sorri; no ancião que tropeça; no mendigo que
implora; na mão que assiste; na mãe querida que vela; no pai
extremoso que instrui; no apóstolo abnegado que evangeliza
as multidões.
 
Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, no amor do esposo; no
afeto do filho; na estima da irmã; na justiça do justo; na
misericórdia do indulgente; na fé do homem piedoso; na
esperança dos povos; na caridade dos bons; na inteireza dos
íntegros.
 
 
Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! no estro do vate;
na eloqüência do orador; na inspiração do artista; na santidade
do mestre; na sabedoria do filósofo e nos fogos eternos do
gênio!
 
Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! na flor dos vergéis, na
relva dos vales; no matiz dos campos; na brisa dos prados; no
perfume das campinas; no murmúrio das fontes; no rumorejo
das franças; na música dos bosques; na placidez dos lagos; na
altivez dos montes; na amplidão dos oceanos e na majestade
do firmamento!
 
Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! nos lindos antélios, no íris
multicor; nas auroras polares; no argênteo da Lua; no brilho do
Sol; na fulgência das estrelas; no fulgor das constelações!
 
 
Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! na formação das
nebulosas; na origem dos mundos; na gênese dos sóis; no
berço das humanidades; na maravilha, no esplendor e no
sublime do Infinito!
 
Ó Deus! Reconheço-vos eu, Senhor! com Jesus, quando ora:
"Pai nosso que estais nos céus..." ou com os anjos quando
cantam: "Glória a Deus nas alturas, Paz na Terra aos Homens e
Mulheres da Boa Vontade de Deus".



Prof. Eurípedes Barsanulfo


BIOGRAFIA


Aluno do Colégio Miranda, desde cedo auxiliava os professores, explicando as matérias aos colegas de classe.
Egresso do colégio, passou a trabalhar como guarda-livros, no escritório comercial de seu pai, passando a auxiliar, também desde cedo, a manutenção do lar.


Em 1902, fundou, com seus antigos professores João Gomes Vieira de Melo, Inácio Martins de Melo e outros, o Liceu Sacramentano, onde passou a lecionar. Alguns alunos do Liceu, mais tarde, fundaram um serviço de assistência aos necessitados, denominado Sociedade dos Amiguinhos dos Pobres. Na mesma época, Eurípedes participou da fundação do jornal semanal Gazeta de Sacramento, em que publicava artigos sobre economia, literatura, filosofia, etc, estreando, assim, como jornalista.


Autodidata, adquiriu conhecimentos de Medicina e Direito, além de Astronomia, Filosofia, Matemática, Ciências Físicas e Naturais e Literatura, mesmo sem ter cursado o ensino superior.
Tornou-se líder em sua cidade por seu trabalho no magistério e na imprensa. Sua popularidade o fez eleger-se vereador, em cujo mandato, durante seis anos, beneficiou a população de sua cidade com luz e bondes elétricos, água encanada e cemitério público. Acabou renunciando ao cargo, por não concordar com uma mudança de lei que beneficiaria somente os que estavam no poder. Nessa ocasião, Barsanulfo, ainda católico, era o presidente da Conferência de São Vicente de Paulo.


O seu primeiro contato com a Doutrina Espírita ocorreu em 1903, por intermédio do seu tio, Sinhô Mariano, que, além de explicar ao sobreinho os pontos básicos da doutrina, emprestou-lhe o livro Depois da Morte, de Léon Denis.


Eurípedes encontra no livro conceitos filosóficos sobre a vida e a morte que lhe parecem corretos, e encontra, na reencarnação, nas energias e na responsabilidade de cada um a causa para os desequilíbrios físicos, morais e sociais. Mesmo com algumas dúvidas, Barsanulfo comparece às sessões espíritas e, ao ver parentes analfabetos, incorporados, falando línguas diferentes e proferindo conceitos filosóficos com grande amplitude de conhecimentos, prontifica-se, a partir dali a ser espírita e ajudar no esclarecimento e amparo aos necessitados, vislumbrando a possibilidades de ajuda a partir dos adventos que via.


Têm início então as manifestações de seu parapsiquismo (mediunismo-animismo) e também seu contato com os amparadores. Ao tentar esclarecer seus ex-companheiros e familiares católicos, foi rechaçado, contudo perseverou.
Ocorreu então uma transformação em sua vida: mudou-se da casa de seus pais e fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade, em 1905, onde, além de realizar reuniões mediúnicas e doutrinárias, também prestava auxílio aos mais necessitados. Foi médium inspirado, vidente, audiente, receitista, psicofônico, psicógrafo, de desdobramento e de bicorporeidade. Como médium receitista, psicografava prescrições do espírito Bezerra de Menezes.


Diversos fenômenos parapsíquicos marcaram a vida de Eurípedes, que não se negava a ajudar onde necessário e utilizava juntamente com consciências extrafísicas amparadoras de tecnologias espirituais as mais diversas em benefício da população.
Em 31 de janeiro de 1907, criou o primeiro educandário brasileiro com orientação espírita, o Colégio Allan Kardec, onde os alunos recebiam aulas de Evangelho, Moral Cristã, e, ainda, instituiu um curso de Astronomia que hoje conta inclusive com laboratórios. Foi ainda Diretor do Sanatório Espírita de Uberaba. Além de exercer a direção do colégio, o próprio ministrava aulas de Matemática, Geometria, Aritmética, Trigonometria, Ciências naturais, Botânica, Zoologia, Geologia e Paleontologia, Português, Francês, Astronomia, Inglês e Castelhano.
Barsanulfo foi perseguido por parte do clero que, aliado a um médico católico de Uberaba, moveu contra ele um processo penal sob a acusação de exercício ilegal da Medicina, em 1917, que acabou arquivado pelo juiz da comarca.


Um dos fatores que sempre foram a favor de Eurípedes foi a Educação. O Governo na época estava em progredindo na Educação, e os métodos utilizados por ele eram muito a frente de seu tempo, sendo modelo para muitos centros educacionais. Mesmo diante das dificuldades, ele executou um trabalho de empreendedorismo evolutivo com benefícios não só para Sacramento. As farmácias, o Colégio Allan Kardec e o Grupo Espírita Esperança e Caridade foram apenas algumas das obras desse homem que foi chamado "O Apóstolo do Triângulo Mineiro".
Morreu aos 38 anos, vítima da gripe espanhola. Mesmo acometido da moléstia, arrasadora para boa parte da população brasileira, Eurípedes não parou de atender aos que necessitavam


Texto - Fonte: http://www.forumespirita.net/fe/poesia/deus-euripedes-barsanulfo/
Foto - Fonte: http://wallpaper-desktop.ru/pt/preview.php?hd=36146
Biografia - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Eur%C3%ADpedes_Barsanulfo

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NOSSA SENHORA DA TERNURA

Notre Dame de la Tendresse - Sérgio Prata



Bom dia!
Segunda-feira,04 de junho de 2012



NOSSA SENHORA DA TERNURA
Texto de Dora Incontri - Doutora em Pedagogia


Controvertida questão, para muitos fechada pela resposta negativa, para outros tantos óbvia pela resposta positiva: devemos orar a Maria?

Protestantes, católicos, espíritas – os de tradição cristã – mostram posições diferentes. Para mim, podemos orar a quem nos sentimos ligados pelos laços seculares do coração.

Maria representa para milhões de almas, o aconchego divino e materno, a lembrança que reconforta o coração. Mãe atávica, milenar; mãe que representa todas as mães.

Sou sim dos oram para Maria, dos que encontram nela a ressonância de Espírito materno, sempre.

Fiz essa oração abaixo em homenagem a um quadro (que está hoje em meu escritório), do artista plástico Sérgio Prata (http://www.sergioprata.com.br/):
 
Nossa Senhora da Ternura
(Notre Dame de la Tendresse)
Maria de Nazaré,
Esteio de nossa fé,
Olhos doces, permanentes,
Estendidos sobre nós!
Olhos agudos, fulgentes,
Que nos atraem a vós!
Mãe, de tua boca santa
Flui esta voz que acalanta
A alma cansada e sedenta
Voz que refresca e que cura
E voz que nos apascenta
Fecunda toda secura!
Maria, mãe do aconchego,
Senhora, que não renego,
Mãe de toda a humanidade,
Mãe de meu Mestre Jesus!
Teu rendilhado de luz
Sutil, suave, nos cobre!
Teu coração sempre nobre
Nos acolhe com bondade!
Ainda que carreguemos
Andrajos, fel e misérias,
Ainda que te mostremos
Nossas chagas deletérias…
Tuas mãos simples, etéreas
São afago, alívio e paz
Amor que sara e refaz!
Maria, mãe da ternura
Perante tua candura
Desmancham-se densas trevas
Pois que visitas e elevas
A mais rude criatura!
Como, pois, Mãe de clemência
Dizer algo que agradeça
E humildemente entreteça
Toda a nossa reverência?
Como louvar tua glória,
Que perpassa toda a história,
Mulher vestida de luz,
Que carregaste no ventre
O homem divino da cruz?
Maria, ó mãe santíssima,
Só o silêncio é veemente,
E só meu olhar em pranto
Pode ser singelo canto
De minha alma reverente!
 
 
 
Professora Dora Incontri
 
 
Dora Incontri é paulistana, nascida em 1962. Jornalista, educadora e escritora. Suas áreas de atuação são Educação, Filosofia, Espiritualidade, Artes, Espiritismo.
 
Tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em Filosofia da Educação pela USP. É sócia-diretora da Editora Comenius e coordenadora geral da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita. Docente de pós-graduação pela Universidade Santa Cecília.
 
Tem mais de 30 livros publicados. Livros sobre Educação, Filosofia, Espiritualidade; livros didáticos; livros psicografados.
Trabalha em prol do diálogo inter-religioso, milita por uma nova educação, que inclua interdisciplinaridade, espiritualidade, autonomina do educando, com mudança radical da escola tradicional.
 
Inspira-se nos grandes clássicos da Educação, como Comenius, Rousseau e Pestalozzi, que tinham uma visão integral do ser humano.
 
Politicamente, se põe a favor de uma transformação social global em que o ser humano seja o valor principal e acredita que possamos fazer uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna
 
 
 

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