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APELO AOS POETAS - POR MARIÂNGELA

Poeta escrevendo (01)

Domingo, 01 de abril de 2012


APELO AO POETAS

Escrito por  Mariângela Freitas


Deixa cair essa lágrima,
Deixa que o sorriso se vá,
Deixa tocar o telefone,
Deixa o tempo passar.


Deixa tudo acontecer,
Deixa o mundo lá fora,
Deixa a paz te adormecer,
Deixa as ilusões irem embora.


Deixa o relógio em paz,
Deixa a alegria te sentir,
Deixa o coração falar,
Deixa o desejo sumir.


Mas não deixes, oh poeta!
De sonhar como um menino.
De cantar feito um asceta
Ou rodopiar tal qual dançarino.


Canta ou chora, poeta.
Abre este teu coração.
Que te machuquem todas as dores,
Mas que não vivas sem emoção.


Procura em cada recanto:
O suor, o sorriso ou o canto.
Usa como quiseres
A tua louca fantasia.
Mas escuta-me, oh poeta!
Não morras sem fazer poesia.


Este poema encontra-se no livro: "Um Beija-Flor no Jardim", de autoria de Mariângela Freitas.


Postado por Mariângela


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EU SEI, MAS NÃO DEVIA

Flores na Janela (Foto 01)


Sábado, 31 de março de 2012


EU SEI, MAS NÃO DEVIA 

ESCRITO POR MARINA COLASANTI



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Marina Colasanti (Foto 02)

Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.






Postado por Mariângela

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SENHORA DE 74 ANOS DE IDADE, PRESA

Senhora de 74 anos de idade - presa


Quinta-feira, 29 de março de 2012



INDIGNAÇÃO

ESCRITO POR MARIÂNGELA FREITAS



"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros".
 Che Guevara


Hoje pela manhã, muito cedo, ao tomar café e conversar com uma de minhas tias (tia Francinete) em sua casa, ouço dela uma história comovente. Uma história que não vi, não li e não assisti na TV.

Venho a internet, navegar por este oceano de letras, sons e imagens virtuais. Mundo  formidável, porém intrigante, surpreendente e perigoso. E encontro o que buscava: a história que minha tia me contara: Dona Luzia, 74 anos de idade, moradora da cidade de Vianópolis, Goiás, presa... atrás das grades. Por quê?

Este Blog, como todos já sentiram, não é sensacionalista. Não divulgamos o que "vende bem" nem aquilo que as massas curiosas e sequiosas buscam todos os dias para, quem sabe, se sentirem melhor.

Procuramos aqui, divulgar para quem sabe apreciar, o belo, a poesia, as boas ações, os bons propósitos, os temas que elevam a alma às refrescantes montanhas; divulgamos a beleza das imagens com suas cores vibrantes e graciosas; a reflexão séria, o riso natural e puro - aquele que não vem do bulling. Relatamos histórias e publicamos textos e artigos ligados a Educação; ao bem-estar de homens e animais...

Mas hoje fiquei indignada. Todavia será que tenho esse direito? INDIGNAR-ME? O que diz o dicionário sobre a palavra indignação? Vamos ver? Encontro um dicionário na minha estante e lá está:
1 Ato de indignar ou indignar-se.
2 Estado de desprezo ou cólera inspirado pelo que é indigno.
3 Aversão.
4 Repulsão.

Trarei para sua apreciação aquilo de que estou falando, depois voltarei a me expressar. Vejamos o nos diz este site:

http://g1.globo.com/goias/noticia/2012/03/em-go-avo-deixa-de-pagar-pensao-alimenticia-por-6-meses-e-vai-presa.html

Eu o abro para lermos:
Em GOIÁS, avó deixa de pagar pensão alimentícia por 6 meses e vai presa
Há 3 anos idosa assumiu responsabilidade no lugar do filho desempregado.
Moradores de Vianópolis se uniram para arrecadar R$ 1.500 e pagar a dívida.
Uma mulher de 74 anos ficou presa por mais de 30 horas por atrasar o pagamento da pensão alimentícia dos netos.
O caso aconteceu em Vianópolis, município de 12.548 habitantes, a 95 km de Goiânia. Comovidos, os moradores da cidade se uniram, pagaram o valor da pensão atrasada e Luzia foi solta no fim da tarde de quarta-feira (29). Há três anos a aposentada Luzia Rodrigues Pereira paga a pensão para os quatro netos. Há seis meses parou de ajudar, devido a problemas financeiros. Ela assumiu perante a Justiça a responsabilidade de pagar a pensão no lugar do filho, que está desempregado e não trabalha. Além da idade avançada, Luzia tem problemas de saúde como hipertensão e labirintite. “Eu ganho só R$ 272. Então, tomo remédio controlado e seis remédios diferentes. Não estou podendo comprar nem os meus remédios agora. Não estou em condições de pagar a pensão”, explica.
Legalidade
O delegado Edson Luiz da Silva disse que a prisão é legal e que a aposentada só poderia ganhar a liberdade depois que negociasse o pagamento da dívida de pouco mais de R$ 1.500 com a nora que a denunciou. “Dentro do processo ela foi condenada a pagar essa pensão alimentícia. Não existe outra forma, atualmente, a não ser essa”, afirma.
A chegada de Luzia à cadeia de Vianópolis causou estranheza e deixou os detentos surpresos. “Na hora em que eles chegaram com ela aqui, eu nem acreditei. Pensei que ela estivesse fazendo uma visita ao presídio. Só que mandaram entrar em uma cela. Eu não acreditei. Pelo fato de a gente ter mãe, então doeu muito na gente”, afirma um dos detentos.

Polêmica

O caso provocou polêmica nas ruas da pequena Vianópolis. O comerciante Rogério Caixeta destaca que a mulher já tem mais de 70 anos de idade. “Ela não faz mal a ninguém. Ela simplesmente assinou alguma coisa em benefício do filho. Não sabia que ia ser tão prejudicada desse jeito”, diz.

Uma das filhas, Salete Auxiliadora Pereira, expressou a indignação da família. “Tem tanta gente solta que deveria estar na cadeia. Mas é mais fácil colocar uma senhora de 74 anos do que um bandido, um político. Então, fazer o quê?”.

CONTINUANDO:

Abro Livro Sagrado dos Cristãos: a Bíblia - evidentemente. Corro meus dedos pelo Evangelho de João, capítulo 2, versículos  13 a 17. 

Leio:  "... e Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos e os cambiadores (cambiadores: aqueles que trocam e negociam) assentados. E, tendo feito um azorrague de cordéis (Azorrague: açoite de várias correias trançadas e atadas a um pau) lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derrubou as mesas; e disse aos que vendiam pombos: "Tirai daqui estes, e não façais da Casa de meu Pai, casa de venda". E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará. "  

Perceba: Jesus indignou-se ao entrar no Templo; na Casa de Oração e ver ali negociantes que, esquecidos do respeito ao ambiente sagrado, faziam trocas, conversavam, falavam alto, negociavam.

Jesus indignou-se? Posso eu também, indignar-me?

Senhores Servidores da Justiça deste país, quando iremos vê-los trabalhar em favor de Leis mais justas, claras e severas? Por que usam seus anéis e diplomas em defesa do mais forte e não em defesa do mais fraco? Onde o respeito ao idoso? Ao pobre, ao indigente, ao analfabeto e iletrado? 

É assim mesmo? São jogados numa cela sem a mínima cerimônia por parte dos poderes competentes? Dos orgulhosos? Dos cegos de espírito? 

Até onde li, essa senhora não é mãe de nenhum juiz, promotor ou advogado. Ela é uma mulher simples, uma simples mãe de um simples desempregado.

O povo clama por justiça dia e noite. O mundo inteiro clama por justiça, dias e noites.
Quem ouvirá?

Ali vem Jesus - novamente Jesus - o manso Cordeiro de Deus que vendo a Casa de Seu Pai transformada em mercado público para troca e venda de alimentos e animais... indignou-se, revoltou-se e expulsou dali todos os hipócritas.

Nada mais a declarar, nesta tarde em que escrevo e descrevo a minha indignação. Meu coração está por demais tristonho e melancólico. 

Este Blog será meu canal de comunicação com o mundo. Sei que as ondas da internet levarão bem longe o meu cântico de revolta, aversão e repulsão.

Desculpem-me senhores! Desculpem-se senhoras, mas... 

"A literatura num país sem liberdade pública é a única tribuna do alto da qual se pode fazer ouvir o grito da sua indignação e da sua consciência".
Alexandre  Herzen 

Postado por Mariângela Freitas


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UMA MENSAGEM DO ALÉM - VENCERÁS!

Jesus - Chico Xavier

Terça-feira, 27 de março de 2012

VENCERÁS

Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressione a dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria,
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens ou fracassos.
Estuda buscando aprender.
Não te voltes contra ninguém.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para que se te faça luz na vida íntima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve em apego.
E assim vencerás.

Chico Xavier e Emmanuel

* Esta é uma mensagem psicografada e foi recebida pelo saudoso médium mineiro, Chico Xavier. É de autoria do Espírito Emmanuel, mentor desse querido trabalhador, que foi um incansável divulgador dos ensinamentos de Jesus sob a ótica espírita. 

Chico, alma nobre e querida, internacionalmente reconhecido por seus mais de quatrocentos livros escritos por suas mãos, porém ditados por diversos mentores espirituais, reconhecido também  por toda uma vida pautada pelo amor e pelos ensinamentos do Mestre dos Mestres, convida-nos um mergulho sincero em nosso mundo íntimo; nossa alma; nosso coração.

Pode-se encontrar essa mensagem no livro: "Astronautas do Além" - edição GEEM.

Postado por Mariângela Freitas





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DESCOMPLICAR

Foto 01

Segunda-feira, 26 de março de 2012

DESCOMPLICAR


Se eu tivesse que escolher uma palavra, apenas uma, para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: DES-COM-PLI-CAR. 

Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho.

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter. Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna.

Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos e nossa energia nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto à convivência com as amigas.

Ir ao cinema com elas, que gostam dos mesmos filmes que a gente, sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes, isso sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia, não importa, e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até cem, antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia.

Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada. Faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado! Mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão? Tente trocar a obssessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza.

Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar... Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... Sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça.

E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma. E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição.

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.Viver não é e nunca foi fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem, e a busca da perfeição pesa toneladas, a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Autora: Leila Ferreira

Este texto foi-me enviado, via e-mail, pela querida prima e amiga, Elvira Soares (Recife-PE), a quem agradeço, e compartilho com cada um de vocês.

Postado por Mariângela Freitas

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HUMILDADE

Entre girassois

Domingo, 25 de março de 2012


Peço desculpas aos amigos e amigas, leitores e leitoras deste Blog, porque, por motivos supriores,  aqui fiquei sem vir escrever e trocar energias positivas com todos e todas vocês. Na verdade devemos uma explicação àqueles que nos prestigiam e apreciam nosso trabalho. Estou voltando para casa, para os meus amigos e para o meu mundo de vida e girassóis.

Trago para a relfexão deste domingo um belo poema de Cora Coralina:


HUMILDADE

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.


Cora Coralina

Este é um dos mais belos poemas da poetisa goiana, Cora Coralina, que começou a publicar seus versos aos 76 anos de idade. Espero que toda a ternura aqui exposta, em tão poucas linhas nos faça repensar nossa vida e termos um lindo e santo domingo.
Deus nos abençoe a todos!

Postado por Mariângela Freitas





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PARABÉNS, UMARIZAL! PARABÉNS, ALEXANDRE!

Dr. Alexandre Forte - Procurador da República

Segunda-feira, 19 de março de 2012


Carta à um Poeta
Escrito por Mariângela Freitas

Caríssimo amigo, Alexandre Forte!

Eu não conheço toda a sua história de vida, apenas uma parte dela e essa parte foi a mais bonita das histórias, sobre você, que ouvi.

Quando eu lhe conheci, você era estudante de Engenharia Agrônoma, na cidade de Areia, na Paraíba.

Certa vez, você viu num mural dessa faculdade, um poema que alguém ali colocou, intitulado: "O Juazeiro da Pedra"! Você lembrou-se de mim: tirou do mural aquele lindo cântico de amor e me enviou. E eu o recebi como um fino presente; porque ele vinha com cheiro de mato molhado e com sabor de frutas bem maduras. Esse poema, tal qual a sua história de vida, foi um dos mais belos  que li.

Em certa manhã, dessas muito iluminadas, em que o sol presenteava a cidade de Umarizal com a cor do ouro, passou você na calçada do nosso pequeno comércio, com um grande pacote de livros na mão. Eram livros de sua autoria. Era o romance lapidado pelas mãos de um intelectual; mãos de um menino que amava as letras, chamava-se: "O Bode Prefeito". Espetacular! Perfeito!

Depois vieram outros livros, com versos e poesias.

Em muitos momentos sentávamos para conversar. Sua conversa não era a conversa sem graça de um tolo garoto. Sua fala e seus pensamentos pareciam ser de um homem velho; vivido; marcado pelas estações do tempo. E eu o escutava como se escutasse os ensinamentos de um sábio.

Você discorria sobre a abençoada Doutrina Espírita; falava sobre Allan Kardec, discos voadores, naves espaciais, extraterrestres. Contava-me casos da vida depois da morte, recitava os poemas de Ferreira Gullar e Gibran, contava-me seus sonhos; suas aspirações.

Eu escutava e fazia uma viagem: das profundezas dos oceanos às mais brilhantes estrelas do Universo.

Depois vi você ir embora. Fortaleza foi seu lar. Ali concluiu o curso de Direito, ministrou aulas na faculdade. Disse a que veio.

Você veio para brilhar nos céus de Umarizal, nos céus deste país, deste planeta, nosso lar. Brilhar tal qual os mais brilhantes astros: sírius, canopus ou capella. 

Agora me chega a notícia de que você além de tudo isto, agora é Procurador da República.

Amigo, muitos dirão, talvez, que isto não é nada e que você é uma pessoa de sorte. Eu me lembro, então, de suas lutas, das viagens à Paraíba, ao Ceará. Dessas horas mal dormidas em que você passou se preparando para um cargo e uma missão de tão alta magnitude.

Seus pais, Antônio Forte e Beta, seu irmão, sua esposa, seus familiares quão felizes devem estar neste momento.

Alexandre, Doutor Alexandre Forte, se você fosse um desses homens que não possuem nenhum ideal na vida; nenhum objetivo; nada por que lutar; se você fosse uma dessas pessoas que se deixam levar pelo status, pelo poder e pelo dinheiro, eu iria lhe dar alguns conselhos que a Vida já me deu.

Mas sei que não é necessário. Você é um cidadão, um homem de bem e uma pessoa que tem o saber necessário para exercer esta função que em breve ocupará, com cautela e senso humanitário.

Parabéns à seus pais, à sua esposa, filhos, aos seus professores e a tantos outros mestres da Vida que lhe deram essa formação tão espetacular na pequenina cidade de Umarizal, nos confins do Rio Grande do Norte.

Parabéns poeta! Parabéns Excelentíssimo Senhor Doutor Procurador da República e amigo, meu amigo, Alexandre Forte.

Receba estas flores com  nosso carinho e admiração e que Deus o abençoe nesta nobre missão que ora lhe espera.


Texto de autoria de Mariângela Freitas, escrito e postado em 19.03.2012





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VIVER A VIDA

Foto 01

Domingo, 18 de março de 2012

A vida é muito preciosa, e precisamos aproveitá-la hoje, a cada momento. Porque depois pode ser tarde...


VIVER A VIDA

POEMA DE JORGE LUIS BORGES - POETA ARGENTINO

Eu fui dessas pessoas que vivem preocupadamente
Cada minuto de sua vida.
Claro que tive momentos de alegria...
Mas se eu pudesse voltar a viver, tentaria viver somente bons momentos.
Nunca perca o agora.
Mesmo porque nada nos garante que estaremos vivos amanhã de manhã.
Eu era destes que não ia a lugar algum sem um termômetro...
Uma bolsa de água quente, um guarda chuvas ou um paraquedas...


Se eu voltasse a viver...viajaria mais leve.
Não levaria comigo nada que fosse apenas um fardo.
Se eu voltasse a viver
Começaria a andar descalço no início da primavera e...
continuaria até o final do outono.
Jamais experimentaria os sentimentos de culpa ou de ódio.
Teria amado mais a liberdade e teria mais amores do que tive.
Viveria cada dia como se fosse um prêmio
E como se fosse o último.
Daria mais voltas em minha rua, contemplaria mais amanheceres e
Brincaria mais do que brinquei.
Teria descoberto mais cedo que só o prazer nos livra da loucura.
Tentaria uma coisa mais nova a cada dia.
Se tivesse outra vez a vida pela frente.
Mas como sabem...
Tenho 88 anos e sei que...estou morrendo.


Jorge Luis Borges (foto 02)


Biografia


Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899Genebra, 14 de junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino.


Em 1914 sua família se mudou para Suíça, onde ele estudou e viajou para a Espanha. Em seu retorno à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Prêmio Formentor.


Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente nos Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas.
Sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus.


Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gê
nero da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro".


Os poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudado pelo "boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez.


Para homenagear Borges, em O Nome da Rosa  um romance de Umberto Eco, há o personagem Jorge de Burgos, que além da semelhança no nome é cego assim como Borges, foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano de fundo do livro é inspirada no conto de Borges A Biblioteca de Babel (Uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo).

O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee disse sobre J.L. Borges: "Ele, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos".



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O PALHAÇO - POEMA DE MARIÂNGELA FREITAS



Sábado, 17 de março de 2012

O PALHAÇO

Sob a luz, sobre o picadeiro,
No topo da fama, da glória, louvor,
Está o palhaço doando-se inteito
E o povo lhe dando aplauso e calor.


No meio da festa tão cheia de graça,
Com roupa de bolas azuis e vermelhas,
O bobo provoca o sorriso da massa,
Implica consigo, distribui centelhas.


Nós rimos felizes no circo gigante,
Comemos pipoca e cremos no amor.
Deixamos lá fora, nossa vida errante,
Sugamos o artista esquecendo sua dor.

 
Poema de autoria de Mariângela Freitas - inserido em seu livro: "UM BEIJA-FLOR NO JARDIM"
A foto foi retirada do blog: http://africaempoesia.blogspot.com.br/



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SUA VIDA TEM ALGUM VALOR?

Polícia Rodoviária Federal

Sexta-feira, 16 de março de 2012

TEXTO ESCRITO POR MARIÂNGELA FREITAS


Você já viu alguém guiar uma moto com o capacete na mão e nada na cabeça? Ou alguém viajar sem o cinto de segurança e só colocá-lo quando se aproxima de uma blitz ou de um posto da Polícia Rodoviária Federal?

Acho interessante essa cultura que ainda vige em nosso meio: "Vamos enganar os guardas! A gente coloca o cinto e/ou o capacete e logo os retiraremos."

Nossa vida tem algum valor? Ou nós deixamos que os guardas de trânsito nos digam e decidam por nós o que está certo e o que está errado?

O cinto aperta, incomoda, esquenta, arde no pescoço, coça, dói? Pergunte isso para as crianças. Elas já estão aprendendo na escola que ele é realmente necessário e tem salvado inúmeras vidas. E isso vale para quem anda de ônibus, caminhão,  e nos carros alternativos: vans, taxis, etc. 

Quantas vezes seu filho ou seu sobrinho ou o filho do seu amigo  lhe pediu para colocar o cinto de segurança?
Quantas vezes você viajou sem fazer aquela revisão mínima e básica no seu carro? Pneus calibrados - inclusive o estepe - , óleo do motor, freios, luzes, limpadores de para-brisa, saquinho para colocar o lixo - aquele lixinho que vamos jogando pela janela do carro: latas de refrigerante, sacos de batata frita, pontas de cigarro, chicletes, sacos plásticos, sacos de papel, garrafas plásticas, cascas  de frutas, enfim.

No carnaval, Semana Santa, Natal, Ano Novo e em outros feriados prolongados, a Polícia Rodoviária faz uma verdadeira corrente de proteção em todo o país somente para nos dizer: "Ande devagar, não beba se for dirigir, cuidado com ultrapassagens perigosas, coloque o capacete, use o cinto de segurança, crianças pequenas devem ir atrás e na cadeirinha com cinto, cuidado com a chuva, pista escorregadia, observe as placas de trânsito..."

Não é assim? Precisamos o tempo todo de alguém para nos fiscalizar e nos dizer aquilo de que já sabemos? Ou será que assim agimos, de maneira errônea, porque não damos valor a este bem precioso, a este patrimônio divino que é nosso corpo e nossa vida?

Por que precisamos de um guarda, de uma multa, de uma advertência e de um mal-estar se já aprendemos a lição?

Será que aprendemos mesmo? Ou  precisamos ir novamente para as as escolas de condutores de veículos? Na verdade nem sei se todos passamos por essas escolas. Nem sei se todos sabemos interpretar as placas de advertência nas estradas e ruas de nossa cidade.

Será que é mais fácil subornar o guarda? Dar-lhe um bom dinheiro para que ele nos deixe prosseguir em alta velocidade, sem cinto e sem respeito à nossa vida e à vida de inocentes que vêm ao nosso encontro?

Paremos para pensar. Já está na hora de uma boa reflexão.

Coloque o cinto. Coloque o capacete. Respeite a vida. A sua e a de quem anda perto de você.

Como poderemos cobrar de nossos filhos aquilo que não fazemos? Quer dizer que ainda estamos naquela de: "Faça o que eu mando e não faça o que eu faço"?  Mas isso não serve mais, sabia? As crianças querem exemplos; atitudes. Isso já está cientificamente comprovado.

Não precisamos de um policial para nos dizer que "a vida é bela"! Não é mesmo?!

Então coloque o cinto ou o capacete, desacelere e boa viagem!



Postado por Mariângela Freitas 

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