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CULTIVANDO A PACIÊNCIA



Bom dia!
Terça-feira, 29 de maio de 2012


CULTIVANDO A PACIÊNCIA
Mensagem do Espírito Albino Teixeira, psicografada por Chico Xavier

Se você foi vítima de preterição em serviço, reconhecerá que isso aconteceu, em favor da sua elevação de nível;

Se perdeu o emprego, ante a perseguição de alguém que lhe cobiçou o lugar, creia que alcançará outro muito melhor;

Se um companheiro lhe atravessou o caminho, atrapalhando-lhe um negócio, transações mais lucrativas aparecerão, amanhã, em seu benefício;

Se determinada criatura lhe tomou a residência, manejando processos inconfessáveis, em futuro próximo, terá você moradia muito mais confortável;

Se um amigo lhe prejudica os interesses, subtraindo-lhe oportunidades de progresso e ajustamento econômico, guarde a certeza de que outras portas se lhe descerrarão mais amplas aos anseios de paz e prosperidade;

Se pessoas queridas lhe menosprezam confiança, outras afeições muito mais sólidas e mais estimáveis surgirão a caminho, garantindo-lhe a segurança e a felicidade.

Mas nunca pretiras, não persigas, não atrapalhes, não desconsideres, não menosprezes e nem prejudiques a ninguém, porque sofrer é muito diferente de fazer sofrer e a dívida é sempre uma carga dolorosa para quem a contrai.
Mensagem do Espírito Albino Teixeira, recebida pelo médium Chico Xavier.
Livro: "Coragem" - editora: CEC - Comunhão Espírita Cristã - Uberaba - MG

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INFERNO, CÉU E PURGATÓRIO

Jesus resgatando a ovelha perdida


Bom dia!
Segunda-feira, 28 de maio de 2012


COMO O ESPIRITISMO EXPLICA O INFERNO, O CÉU E O PURGATÓRIO?


Segundo o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição das imperfeições e aquisição dos valores morais que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou à conquista do chamado "céu".

Por acreditar que o mundo espiritual é a verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem, habitam as regiões celestiais ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo acredita habitarem Espíritos que trabalham na edificação do mundo novo.

Na verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado, mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente pelo Espírito, através de seu constante esforço. O que vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso.

"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras" - (Mateus 16.27).
"A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade" - (Allan Kardec).


Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis com a justiça do Pai.

A criação do inferno cristão se origina das concepções pagãs das penas e gozos eternos, com uma grande dose de exagero. Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento :

"...Ou qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem" (Mateus - 7.11).


Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.

O inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem. São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno dentro de suas próprias consciências e que, através de novas oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências encarnatórias também alcançarão a perfeição.


"E Ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
E, achando-a, a põe sobre seus ombros, e chegando em casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida
.

Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" - (Lucas 15.3-7).

"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).


O chamado purgatório, por sua vez, é uma condição de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes.

Esta idéia é defendida por várias religiões, inclusive pelo Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada Espírito sofredor.

Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é também um estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos sofredores.

Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra por exemplo, funciona como uma "purgação" para o Espírito que almeja sempre sua felicidade em condições melhores.


"O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro" (Allan Kardec).

"Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, se não que todos venham a arrepender-se" - (II Pedro 3.8-9).


Postado por Mariângela Freitas



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ALMAS DESERTAS




Bom dia!
Sábado, 26 de maio de 2012


ALMAS DESERTAS
Texto de autoria de Mariângela Freitas


Vemos a caminhar, diariamente, pelas avenidas do mundo, essas pobres e tristes almas desertas  destituídas de amor em seus corações.

Almas errantes que seguem sem rumo e sem perspectiva de serem felizes algum dia.

Sentimos dó de seus dissabores. Pensamos em todo o esforço que fazem para parecerem felizes, realizadas e radiantes diante daqueles que as observam.

Mas essas almas, em sua maioria, nada fazem para serem diferentes: acordam mal humoradas, esquecem-se de banharem-se, todas as manhãs, com as luzes da santificada prece, deixaram de lado as velhas canções que embalavam antigos sonhos. E de seus dedos reumáticos, permitiram que fossem embora os doces amores, e certamente foram embora para sempre.

Almas que se preocupam apenas com o ter, "ajuntar", adquirir, enganar, deixar para trás tudo o que está à sua frente.

 E quando essas almas desequilibradas decidem atacar a felicidade alheia? Por que assim procedem? Sentem-se mal com o sorriso dos melhores amigos? O coração bate em descompasso quando o vizinho conta suas próprias venturas de paz e contentamento?

Na casa dos que possuem alma sem vitalidade, não existem flores. Tudo é deserto como em sua vida. Calor, sede e solidão são os seus aflitivos companheiros.

Se chove elas fazem reclamação ao Pai Misericordioso; se advém a seca, choram pela chuva que passou. Sempre insatisfeitas e ansiosas, buscando no outro, um pequeno defeito para tornar este defeito grande e perigoso demais aos olhos do mundo.

Desejam diuturnamente mutilar a pessoa invejada, pois que esta é objeto de seus desejos de vingança e insanidade.

Ouçam-nos, oh, pobres almas ressequidas pelo sol do desespero, que riem das almas simples que passam na estrada: se vocês soubessem dos caminhos por onde aqueles humildes pés já caminharam; dos rios perigosos que atravessaram, das longas viagens  que empreenderam; das noites que não dormiram; de quantas vezes aquelas mãos sangraram, vocês as compreenderiam em suas imperfeições e as aplaudiriam em seus dias de conquista.

Mas a grande maioria dessas almas enfermas nem se dá ao trabalho de uma auto-análise; de entrar em seu íntimo e arrancar de lá o que lhe perturba e corrói.

"Ninguém que está feliz, faz a infelicidade do outro". Isto é fato. Só os infelizes  são capazes de transformar afetos em  desafetos; desarmonizar ambientes; desestruturar aqueles que se amam; dissolver belas amizades e destruir o que de bom e belo foi construído por anos a fio.

Almas desertas, descubram  seu próprio oásis!  Essa fonte inesgotável de água boa, pura e cristalina; esse paraíso refrescante está dentro de você.

Olhem para os lados. Vejam que vistosas palmeiras acenam para o vento sem, no entanto, desejarem ser o próprio vento. 

Porque até a  Natureza compreende que cada um tem seu papel dentro da hierarquia dos mundos: alguns elementos são vento e outros, tempestade. Uns são chuva, e outros, estiagem. Alguns são a força das marés, e outros são apenas a onda humilde que  nos vem banhar os pés.

Desertas almas, despertem. O ciúme lhes corrói o cérebro e o coração lentamente como uma cachaça velha que arrasa  completamente  os órgãos vitais  de um ser humano.

Façam algo em favor de  sua melhoria íntima, porque o Senhor Deus; O Senhor de todos e seres e coisas criadas, está bem próximo do ofendido e um pouco mais distante do ofensor.


- E agora, que tal ouvir a bela canção logo abaixo na voz inconfundível de Maria Bethânia?

Que ela toque sua alma; que faça o despertar para um novo amanhecer. Mesmo que lentamente.


Ave Maria
Nos seus andores
Rogai por nós
Os pecadores
Abençoai estas terras morenas,
Seus rios, seus campos
E as noites serenas
Abençoai as cascatas
E as borboletas que enfeitam as matas

Ave Maria
Cremos em vós
Virgem Maria rogai por nós
Ouvi as preces murmúrios de luz
Que aos céus ascendem
E o vento conduz
Conduz a vós
Virgem Maria
Rogai por nós

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HISTÓRIA D'UM CÃO


(Foto 01)



Bom dia!
Terça-feira, 22 de maio de 2012


"Dificilmente a fidelidade, humildade e perdão, virtudes aqui atribuídas aos cães e tão deslembradas entre muitos homens, encontrarão paralelo narrativo como este.
Sensibilizados pelo poema, seguramente, isso muito influenciou nossa postura com os animais, desde então.
E, a cada leitura, tanto a partir da primeira quanto agora, já decorridos cinqüenta anos, gotas de pranto orvalham-nos o rosto".

Palavras de Eurípedes Kühl - Autor do livro: ANIMAIS, NOSSOS IRMÃOS, da editora Petit. Em cujo livro  encontramos este poema da autoria  de Luís Guimarães.



HISTÓRIA D'UM CÃO
Poema de Luís Guimarães


Eu tive um cão. Chamava-se Veludo:
Magro, asqueroso, revoltante, imundo,
Para dizer numa palavra tudo
Foi o mais feio cão que houve no mundo.


Recebi-o
das mãos d'um camarada.
Na hora da partida, o cão gemendo
Não me queria acompanhar por nada:
Enfim - mau grado seu - o vim trazendo.


O meu amigo cabisbaixo, mudo,
Olhava-o ... o sol nas ondas se abismava...
«Adeus!» - me disse,- e ao afagar Veludo
Nos olhos seus o pranto borbulhava.


«Trata-o bem. Verás como rasteiro
Te indicarás os mais sutis perigos;
Adeus! E que este amigo verdadeiro
Te console no mundo ermo de amigos.»


Veludo a custo habituou-se à vida
Que o destino de novo lhe escolhera;
Sua rugosa pálpebra sentida
Chorava o antigo dono que perdera.


Nas longas noites de luar brilhante,
Febril, convulso, trêmulo, agitado
A sua cauda - caminhava errante
À luz da lua - tristemente uivando


Toussenel, Figuier e a lista imensa
Dos modernos zoológicos doutores
Dizem que o cão é um animal que pensa:
Talvez tenham razão estes senhores.


Lembro-me ainda. Trouxe-me o correio,
Cinco meses depois, do meu amigo
Um envelope fartamente cheio:
Era uma carta. Carta! era um artigo.


Contendo a narração miúda e exata
Da travessia. Dava-me importantes
Notícias do Brasil e de La Plata,
Falava em rios, árvores gigantes:


Gabava o "steamer" que o levou; dizia
Que ia tentar inúmeras empresas:
Contava-me também que a bordo havia
Mulheres joviais - todas francesas.


Assombrava-me muito da ligeira
Moralidade que encontrou a bordo:
Citava o caso d’uma passageira...
Mil coisas mais de que me não recordo.


Finalmente, por baixo disso tudo
Em nota breve do melhor cursivo
Recomendava o pobre do Veludo
Pedindo a Deus que o conservasse vivo.


Enquanto eu lia, o cão tranquilo e atento
Me contemplava, e - creia que é verdade,
Vi, comovido, vi nesse momento
Seus olhos gotejarem de saudade.


Depois lambeu-me as mãos humildemente,
Estendeu-se a meus pés silencioso
Movendo a cauda, - e adormeceu contente
Farto d’um puro e satisfeito gozo.


Passou-se o tempo. Finalmente um dia
Vi-me livre daquele companheiro;
Para nada Veludo me servia,
Dei-o à mulher d’um velho carvoeiro.

E respirei! «Graças a Deus! Já posso»
Dizia eu «viver neste bom mundo
Sem ter que dar diariamente um osso
A um bicho vil, a um feio cão imundo».


Gosto dos animais, porém prefiro
A essa raça baixa e aduladora
Um alazão inglês, de sela ou tiro,
Ou uma gata branca cismadora.


Mal respirei, porém! Quando dormia
E a negra noite amortalhava tudo,
Senti que à minha porta alguem batia:
Fui ver quem era. Abri. Era Veludo.


Saltou-me às mãos, lambeu-me os pés ganindo,
Farejou toda a casa satisfeito;
E - de cansado - foi rolar dormindo
Como uma pedra, junto do meu leito.


Preguejei furioso. Era execrável
Suportar esse hóspede inoportuno
Que me seguia como o miserável
Ladrão, ou como um pérfido gatuno.


E resolvi-me enfim. Certo, é custoso
Dizê-lo em alta voz e confessá-lo:
Para livrar-me desse cão leproso
Havia um meio só: era matá-lo.


Zunia a asa fúnebre dos ventos;
Ao longe o mar na solidão gemendo
Arrebentava em uivos e lamentos...
De instante em instante ia o tufão crescendo.


Chamei Veludo; ele seguiu-me. No entanto
A fremente borrasca me arrancava
Dos frios ombros o revolto manto
E a chuva meus cabelos fustigava.


Despertei um barqueiro. Contra o vento,
Contra as ondas coléricas vogamos;
Dava-me força o torvo pensamento:
Peguei num remo - e com furor remamos.


Veludo à proa olhava-me choroso
Como o cordeiro no final momento.
Embora! Era fatal! Era forçoso
Livrar-me enfim desse animal nojento.


No largo mar ergui-o nos meus braços
E arremessei-o às ondas de repente...
Ele moveu gemendo os membros lassos
Lutando contra a morte. Era pungente.


Voltei à terra - entrei em casa. O vento
Zunia sempre na amplidão, profundo.
E pareceu-me ouvir o atroz lamento
De Veludo nas ondas, morimbundo.


Mas ao despir dos ombros meus o manto
Notei - oh grande dor! - haver perdido
Uma relíquia que eu prezava tanto!
Era um cordão de prata: - eu tinha-o unido


Contra o meu coração constantemente
E o conservava no maior recato,
Pois minha mãe me dera essa corrente
E, suspenso à corrente, o seu retrato.


Certo caíra além no mar profundo,
No eterno abismo que devora tudo;
E foi o cão, foi esse cão imundo
A causa do meu mal! Ah, se Veludo


Duas vidas tivera - duas vidas
Eu arrancara àquela besta morta
E àquelas vis entranhas corrompidas.
Nisto senti uivar à minha porta.


Corri, - abri... Era Veludo! Arfava:
Estendeu-se a meus pés, - e docemente
Deixou cair da boca que espumava
A medalha suspensa da corrente.


Fora  crível, oh Deus? - Ajoelhado
Junto do cão - estupefato, absorto,
Palpei-lhe o corpo: estava enregelado;
Sacudi-o, chamei-o! Estava morto.

(Foto 02)



Luís Caetano P. G. Junior

Biografia


Diplomata, poeta, romancista e teatrólogo brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio, fez brilhante carreira literária na fase de transição do romantismo para o parnasianismo.

Filho de Luís Caetano Pereira Guimarães, português, e de Albina de Moura, brasileira, estudou no Colégio Pedro II e iniciou o curso de direito em São Paulo.

Aos dezesseis anos escreveu seu primeiro romance, Lírio Branco (1862), dedicado a Machado de Assis. Partiu para São Paulo, a fim de continuar os estudos preparatórios, e lá recebeu uma carta de Machado de Assis animando-o a prosseguir na carreira das letras.

Mudou-se para o Recife, onde foi colega de Tobias Barreto e Castro Alves, e fez o curso de Direito (1864-1869).

De volta ao Rio, desenvolveu intensa atividade e fez grande sucesso na imprensa como folhetinista e comediógrafo.

Com seu prestígio lançou-se numa campanha em favor do voto para as mulheres e da igualdade de direitos para ambos os sexos, integrando um movimento feminista denominado de Nova Legião.

Sua situação no jornalismo e nas letras, embora brilhante, não lhe proporcionava os meios para viver estavelmente e aceitou o convite do poeta e amigo Pedro Luís, então ministro dos Negócios Estrangeiros, para atuar na diplomacia como secretário de Legação em Londres.

Depois passou por vários outros postos, servindo  (1873-1894) em Santiago do Chile, Roma, Caracas, Lisboa e Veneza.

Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ao se aposentar da carreira diplomática (1894), onde chegou ao posto de ministro plenipotenciário, passou a morar em Lisboa, onde morreu.

Autor de um famoso soneto "Visita à Casa Paterna", sua obra poética resumiu-se principalmente nos livros Corimbos (1869) e Sonetos e Rimas (1880).

Também publicou os perfis biográficos de Carlos Gomes e Pedro Américo, além de numerosos textos de circunstâncias, comédias e o romance humorístico A família Agulha.



Biografia fonte:http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/LuisCPGJ.html

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AS BALEIAS

Mamãe baleia com filhote


Bom dia!
Sexta-feira, 18 de maio de 2012


AS BALEIAS
Composição de Roberto Carlos


Não é possível que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater em sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento.



Não é possível que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que você deixou manchadas.


Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão.



O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão.



Como é possível que você tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro?


Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos
Numa canção que fala muito mais de amor.


Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão.


O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à furia louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão.



Não é possível que você suporte a barra!

Roberto Carlos


 Mensagem de Mariângela Freitas:
Emocione-se.
Deixe seu coração compreender que toda forma de vida deve ser preservada e protegida.
Todos têm direito à vida.
Vegetais, homens e animais.
Assista o vídeo logo abaixo e reflita. Repense seus conceitos.
Imagine que um Deus tão poderoso, não criaria tão belos seres marinhos ao acaso; para mera diversão de pessoas enlouquecidas.
Pense...
pense...
pense...

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A COMADRE - POEMA DE MARIÂNGELA

  
 (Foto 01)



Bom dia!
Quarta-feira, 16 de maio de 2012


A COMADRE
Poema escrito por Mariângela Freitas


Minino, ô minino!
Minino calce as chinela,
Tire a poeira da janela
E me ajude a barrê.
Eu hoje vô nos hospital
Pra vê se arresôvo o meu mal
Pruquê sinão vou morrer.


Tô com uma dô nos quarto,
Um arrôcho na guela,
Minha chapa se quebrou-se
Eu tô feia e tô banguela
E num gosto de ir na rua
Nem má vestida e nem "nua"
E sem pô fogo na panela.


Quando os ôtro acordá,
Faça o mingau de Tetê,
Ajeite Toim pra escola,
Mande Francisca muê.
Ache um jeito de fazê
Um feijão com pôco sal,
Se butá muito faz mal
É arriscado eu  morrê.


(A comadre foi à cidade e "não viu nem o azul do médico". Retornou desconsolada.)


Tinha uma festa na rua,
Tinha uma gente machando,
Fiquei toda encabulada
Com o povo me espiano.
E eu que sô besta que só
Me acoquei nos mocotó
E fiquei só escutano.


Era um povo arrumado,
Lorde que nem um pavão,
Uma rôpas engomadas,
Uns brilhante enchendo as mão,
E eu tonta, vendo aquilo,
Nos ouvido ouvindo uns tiro
Que vinha do coração.


Aqui nos mato é mais melhó,
Cafundó do Judas, sertão,
Pé de serra, xique-xique,
Arueira, roupa e sabão.
 Mais que isso, não me importa,
Eu interesso é saúde,
Coisa que não tenho, não.


Os sinhô me asdiscupe
Pruquê agora vou dizê:
Viajei muito doente,
Sete léguas de duê,
Mas num incrontei um dotô
Para me fazê um favô
E meu caso resolvê.


O que achei na cidade
Foi os pobre tudo rolando
Feito pano de rudia
Nas calçadas se esticano.
Passa noite e passa dia
Nêga duente é vadia,
Preto com fome é mundano.



"Não nasci para lutar nos campos de batalha, mas resolvi procurar um homem que venha a modificar o mundo.
Modificá-lo pela cultura e não pela política."
Aristóles - Filósofo grego


Aristóteles (02)

Escola/Tradição:Escola peripatética, aristotelismo
Data de nascimento:384 a.C.
* Local:Estagira, Calcídica, Grécia Antiga
Data de falecimento322 a.C. (62 anos)
* Local:Atenas
Principais interesses:Física, metafísica, poesia, teatro, música, retórica, política, governo, ética, biologia, zoologia
Trabalhos notáveis:Doutrina do meio-termo, razão, lógica
Influênciado por:Parmênides, Sócrates, Platão, Heráclito, Demócrito
Influências:Virtualmente toda a filosofia ocidental, Alexandre, o Grande, Avicena, Averróis, Maimônides, Alberto Magno, São Tomás de Aquino, Duns Scotus, Ptolomeu, Copérnico, Galileu Galilei, e a maior parte da filosofia islâmica, filosofia judaica e filosofia cristã e a Ciência em geral.



Foto 01 - fonte: http://criancativa.blogspot.com.br/2008/12/crianas-do-nordeste-brasileiro.html
Foto 02 - fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles



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O AUXÍLIO VIRÁ

O Samaritano (01)



Bom dia! 
Domingo, 13 de maio de 2012


O AUXÍLIO VIRÁ
MENSAGEM DO ESPÍRITO EMMANUEL, PSICOGRAFADA POR CHICO XAVIER


O problema que te preocupa talvez te pareça excessivamente amargo ao coração.
E tão amargo que talvez não possas comentá-lo, de pronto.
Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens a idéia de haver perdido o próprio rumo.
Entretanto, não esmoreças.
Abraça o dever que a vida te assinala.
Serve e ora.
A prece te renovará energias.
O trabalho te auxiliará.
Deus não nos abandonará.
Fazê silêncio e não te queixes.
Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.
Por meios que desconheces,
Deus permanece agindo.


Fonte mensagem e foto: http://www.mensagemespirita.com.br/chico-xavier/emmanuel/o-auxilio-vira

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O PODER DA BOA MÚSICA






Sexta-feira, 11 de maio de 2012



O PODER DA BOA MÚSICA
Texto escrito por Mariângela Freitas


Quando me falaram do facebook, uma das redes de comunicação social mais importantes do mundo, fiquei receosa. Por que fazer uma conta ali? Para quê?


Meu amigos têm meus e-mails; meus telefones. Os correios ainda funcionam, e bem. Não seria uma exposição desnecessária de fotografias, sonhos, desejos, aspirações?


Não resisti e fui, e para minha surpresa encontro  uns tantos amigos que não via há tempos. Foi bacana revê-los.


Naquele espaço, troca-se informações em tempo real, posta-se imagens lindas e mensagens belas.


Tem o riso solto, tem umas fotografias engraçadíssimas. Tem novidades, imagens fantásticas, reflexões,   rostos de crianças desaparecidas. É certo que tem muita tolice também e protestos e gente que manda recadinhos indiretos, mas faz parte.


E por quê estou falando tudo isto? Porque hoje bateu uma saudade de tempos que já se foram, mas que se buscados voltaremos a encontrá-los: música de qualidade. É minha busca neste momento inspirador.

O facebook possui aspectos e variações de inforamações e algumas delas nos tocam profundamente. Por isso, em algum momento o mestre da melodia brasileira, Pixinguinha, foi citado e me fez recordar a música a seguir. Esse é facebook que alguns repudiam antes de conhecê-lo. Estamos num mundo novo, que pode nos trazer postagens perfeitamente dispensáveis mas também o bom e o belo.


Ah!!! Por que não posso mais ligar meu rádio? E se ligo sou obrigada a escutar o "Infinca"? Pôxa! Lamento pelos autores de tão perversos versos.


Lamento pela juventude que se deixa guiar pelo sem-sabor de  músicas que mais parecem  lamentos indecifráveis; grunhidos que entorpecem negativamente o coração, esse órgão tão delicado, feito para abrigar o amor em suas mais variadas formas: a melodia de belas canções que não se fazem mais; a escultura, a pintura, as imagens  fantásticas captads por câmeras fotográficas  que nos revelam recantos espetaculares desse nosso Planeta tão belo.


Hoje quero fazer um brinde à meus leitores, talvez os mais românticos e apaixonados que conheço. À vocês, deixo como opção para esta tarde-noite, a encantadora poesia-música do mestre Pixinguinha: "Rosa" - eis o nome da arte que vocês irão ler embevecidos e ouvirão a seguir.


Deleitem-me! Cliquem nos sites (abaixo) e ouçam os violões em festa como a semear sementes de luz divina em nossas almas.


Leiam e depois acessem os referidos sites para ouvir o que a mídia não nos mostra mais.


Pixinguinha

ROSA

Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui neste ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
O teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas o amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em prece comovente de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de te envolver até meu padecer
De todo fenecer.


Agora ouçam:

1- Na voz de Caetano Veloso:


2- Instrumental: 

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BALADA DO LOUCO


Mahatma Gandhi - Líder pacifista indiano  (01)


Terça-feira, 08 de maio de 2012



BALADA DO LOUCO



Dizem que sou louco por pensar assim.
Se eu sou muito louco, por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz.

Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz.
 


 Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu.
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz.

Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu.

 Sim, sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz, e não é feliz,

 Eu sou feliz.
Autores da música: Arnaldo Baptista e Rita Lee 


Biografia do Mahatma Gandhi

Gandhi quando jovem - (02)

Mahatma Gandhi (1869-1948) foi um líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, então colônia britânica.

Ganhou destaque na luta contra os ingleses por meio de seu projeto de não-violência. Além de sua luta pela independência da Índia, também ficou conhecido por seus pensamentos e sua filosofia.

Recorria a jejuns, marchas e à desobediência civil, ou seja, estimulava o não pagamento dos impostos e o boicote aos produtos ingleses.

As rivalidades entre hindus e muçulmanos retardaram o processo de independência.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, Gandhi voltou a lutar pela retirada imediata dos britânicos do seu país. Só em 1947 os ingleses concederam a independência da Índia.

Mahatma Gandhi (1869-1948) nasceu em Porbandar na Índia, no dia 2 de outubro. Seu nome verdadeiro era Mohandas Karamchand.

Seu pai era um político local. Como era costume, Gandhi teve um casamento arranjado aos 13 anos de idade. Foi para Londres estudar Direito e em 1891 voltou ao seu país para exercer a profissão.

Dois anos depois, vai para a África do Sul, também colônia britânica, onde inicia um movimento pacifista.

Terminada a Primeira Guerra Mundial, na Índia, a burguesia desenvolveu forte movimento nacionalista, reunido no Partido do Congresso Nacional Indiano, tendo como líderes Mahatma Gandhi e Jawaharlal Nahru.

O programa pregava a independência total da Índia, uma confederação democrática, igualdade política para todas as raças, religiões e classes, reformas sócio-econômicas e administrativas e a modernização do Estado.

Mahatma Gandhi destacou-se como principal personagem da luta pela independência indiana. Recorria a jejuns, marchas e a desobediência civil, incentivando o não pagamento de impostos e o não consumo de produtos ingleses.

Embora usassem a violência na repressão ao movimento nacionalista da Índia, os ingleses evitavam o confronto aberto. Em 1922 uma greve contra o aumento de impostos reúne uma multidão que queimam um posto policial e Ganghi é detido e condenado a seis anos de prisão.

Em 1924 é libertado e em 1930 lidera a marcha para o mar, quando milhares de pessoas andam mais de 320 quilômetros, para protestar contra os impostos sobre o sal.

Por fim em 1947 os ingleses concederam a independência da Índia, mantendo contudo seus interesses econômicos. As divisões internas levaram o governo a criar duas nações, a União Indiana, governada pelo primeiro ministro Nehru, e o Paquistão de população muçulmana.

A divisão interna gerou violenta migração de hindus e muçulmanos em direção opostas da fronteira, que resultou em sérios conflitos.

Gandhi aceita a divisão do país e atrai o ódio dos nacionalistas. Um ano após conquistar a independência, foi morto a tiros, por um hindu rebelde e suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges, local sagrado para os hindus.




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