Sábado, 01 de setembro de 2012
ROUPAS PERFUMADAS
Texto escrito por Mariângela Freitas
Ao concluir a leitura da mensagem do Espírito André Luiz, logo abaixo, ocorreu-me de imediato, a lembrança de uma das inúmeras palestras que assisti por este mundo afora.
Na ocasião, lembro-me bem, era Dona Francisca (esposa já desencarnada do confrade Sr. Arlindo - da Federação Espírita do Rio Grande do Norte).
Ela nos falava dos excessos; daquilo que nos sobra; que não usamos mais e que muitas vezes nem sabemos se temos guardado em algum lugar da casa.
Entre tantos ensinamentos, todos novos para meu espírito sequioso de boas novas, fui surpreendida por uma observação de Dona Francisca.
Dizia ela:
"A caridade não precisa de divulgação e jamais deverá ser instrumento de humilhação àquele que pede; que recebe.
Quando você der uma roupa a alguém, não dê uma peça suja, suada, rasgada e amassada. Não jogue esta roupa numa sacola e a entregue para alguém porque isto, de fato, é humilhante.
(E continuava):
Lave a roupa que pretende doar com um bom sabão em pó. Coloque os botões que faltam, faça os remendos necessários, passe-a bem passada e entregue-a com carinho e respeito, sem se sentir um super herói. Porque isto tem um nome: caridade.
É mais: é amor; é respeito ao ser que espera as "migalhas que caem da sua mesa".
A seguir, transcrevemos do livreto: "O ESPÍRITO DA VERDADE", da editora FEB, a mensagem que nos inspirou;
Ei-la:
EXCESSO E VOCÊ
Mensagem do Espírito André Luiz, psicografada por Chico Xavier
Amigo, Espiritismo é caridade em
movimento.
Não converta o próprio lar em museu.
Utensílio inútil em casa será
utilidade na casa alheia.
O desapego
começa das pequeninas coisas, e o objeto conservado, sem aplicação no recesso da
moradia, explora os sentimentos do morador.
A
verdadeira morte começa na estagnação.
Quem faz
circular os empréstimos de Deus, renova o próprio caminho.
Transfigure os apetrechos, que lhe sejam inúteis, em forças vivas
do bem.
Retire da
despensa os gêneros alimentícios, que descansam esquecidos, para a distribuição
fraterna aos companheiros de estômago atormentado.
Reviste o
guarda-roupa, libertando os cabides das vestes que você não usa, conduzindo-as
aos viajores desnudos da estrada.
Estenda os
pares de sapatos, que lhe sobram, aos pés descalços que transitam em
derredor.
Elimine do
mobiliário as peças excedentes, aumentando a alegria das habitações menos
felizes.
Resolva os
guardados em gavetas ou porões, dando aplicação aos objetos parados de seu uso
pessoal.
Transforme
em patrimônio alheio os livros empoeirados que você não consulta, endereçando-os
ao leitor sem recursos.
Examine a
bolsa, dando um pouco mais que os simples compromissos da fraternidade,
mostrando gratidão pelos acréscimos da Divina
Misericórdia que você
recebe.
Ofereça ao
irmão comum alguma relíquia ou lembrança afetiva de parentes e amigos, ora na
Pátria Espiritual, enviando aos que partiram maior contentamento com tal
gesto.
Renovemos
a vida constantemente, cada ano, cada mês, cada dia...
Previna-se
hoje contra o remorso amanhã.
O excesso
de nossa vida cria a necessidade do semelhante.
Ajude a
casa de assistência coletiva.
Divulgue o
livro nobre.
Medique os
enfermos.
Aplaque a
fome alheia.
Enxugue
lágrimas.
Socorra
feridas.
Quando
buscamos a intimidade do Senhor, os valores mumificados em nossas mãos ressurgem
nas mãos dos outros, em exaltação de amor e luz pra todas as criaturas de
Deus.
André
Luiz
Fonte:
XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo.
O
Espírito da Verdade. Autores Diversos,
12. ed. Rio
de janeiro:
FEB, 2000,
cap. 2, p. 17-18
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