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O DESPERTAR

 
 
 
 
Domingo, 30 de setembro de 2012
 
 

ORDEM E PROGRESSO
Poema de Joésio Menezes


Que a Justiça é cega, eu sei;
Que nada faça contra os “fortes”, é lei;
Que funciona em prol de poucos, é fato.
Que respeitam a Constituição, é mito;
Que a Ordem está em desordem, admito;
Que o Progresso está bem perto, é boato.


Que o Governo seja improbo, não se admite;
Que ele bem trabalha, há quem acredite;
Que o povo tem culpa, não duvido.
Que os desonestos dominam, é inegável;
Que a sociedade permita, é inaceitável;
Que somos enganados, é sabido.

Que o Brasil é rico, está comprovado;
Que a miséria aqui reside, fato consumado;
Que a desigualdade é social, já foi dito.
Que a política anda mal, certamente;
Que a corrupção impera, é evidente;
Que esses males tenham cura, não acredito...
 
 
 
Joésio Menezes - Autor dos versos acima
Natural de Tobias Barreto - Sergipe
 
 
 
 
A seguir, uma carta de Mariângela Freitas ao poeta
 
 
Caro poeta Joésio Menezes,
Nesta manhã de domingo, último dia do mês de setembro, leio seus versos com avidez.
Estive buscando nesses mares cibernéticos, inspiração para modelar minhas reflexões sobre um tema recorrente: política.
E bem a tempo, porque o dia da eleição está chegando.
 
 
Que tempos pesados. Escuros e obscuros. Qual neblina que torna a a visão meio turva, assim é o clima em todo o país: das mais abastadas metrópolis aos rincões mais desconhecidos, grassam os interesses escusos, a loucura pelo poder; dinheiro; a posse.
 
 
Tão bela é a política e tão suja a politicagem!
Mãos de gato manhoso, olhos de rato tinhoso, avançam, observam e tateiam sobre os cofres públicos.
 
 
Leio os blogs locais e nacionais. Mais ainda: neles leio os comentários dos leitores - anônimos ou não.
 Quanta mal educação! Briguinhas de comadres! Leitor contra blogueiros. Leitor contra leitor.
 
 
Nenhum comentário consistente. Nenhuma observação mais inteligente. Somente pedras contra pedras. Violência verbal.
 
 
Os políticos se deliciam com tudo isto. Sentem-se grandes, honrados, queridos e necessários. Para eles estendemos nossas mãos sempre a lhes solicitar algo, e eles ficam inflados como se fossem os salvadores do mundo. 
 
 
Mas é justamente o contrário. Eles - os políticos - são os representantes do povo e sentam-se TEMPORARIAMENTE numa cadeira que gira, gira sem parar. Porque a vida é essa maravilhosa aventura cheia de surpresas doces para os precavidos e dolorosa demais para os incautos e imprevidentes.
 
 
Joésio, caro poeta, em sua última estrofe, você escreve:
"Que esses males tenham cura, não acredito..."
 
 
Desculpe-me, mas eu ainda acredito.
Creio que o futuro nos dará bons e corretos administradores.
Para que a fome,
o desemprego,
a miséria,
a violência,
a falta de boas escolas,
a falta de bons hospitais,
a ausência de justiça,
os homens e mulheres corruptos e
todas as formas de crueldade contra o povo,
fiquem no passado de uma nação que em breve vai despertar.
 
 
Acorda, Brasil!
 
Texto escrito por Mariângela Freitas
 
 
 
 
Fonte:
 
 
 

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