Post Icon

GLÓRIA AOS HUMILDES


Terça-feira, 17 de julho de 2012



GLÓRIA AOS HUMILDES
De Cruz e Souza e Chico Xavier


Ai da ambição do mundo, ai da vaidade
Que se mergulham sob a noite escura,
Noite de dor que vai além da sepultura
Nos afasta da vida e da verdade.


Só o caminho divino da humildade
Pode ofertar a luz radiosa e pura,
Que vem salvar a mísera criatura
Confundida no abismo da impiedade.


Pobres da Terra, seres infelizes,
Cheios de pranto e de cicatrizes,
Levantai vosso olhar sereno e forte.


Não maldigas a ulceração da algema,
E esperai a vitória alta e suprema,
Que Jesus vos prepara além da morte.


Poema de autoria do Espírito Cruz e Souza  psicografado pelo médium mineiro Chico Xavier.



Cruz e Souza e Chico Xavier



BIOGRAFIA DE CRUZ E SOUZA


Filho dos negros alforriados Guilherme da Cruz, mestre-pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, João da Cruz E Souza, desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família, Sousa.

A esposa de Guilherme Xavier de Sousa, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa, não tinha filhos, e passou a proteger e cuidar da educação de João. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.


Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor de Laguna por ser negro.

Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética baudelairiana) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura.


Faleceu a 19 de março de 1898 no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fora transportado às pressas vencido pela tuberculose.

Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Ao chegar, foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier por seus amigos, dentre eles José do Patrocínio, onde permaneceu até 2007, quando seus restos mortais foram então acolhidos no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis.


Cruz e Sousa é um dos patronos da Academia Catarinense de Letras, representando a cadeira número 15.


Fonte:
-Poema: Livro: "Parnaso de Além Túmulo - Psicografado por    Chico Xavier". Editora FEB







  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário