Post Icon

O DINHEIRO








Sexta-feira, 13 de abril de 2012

O DINHEIRO

 
Escrito por Silvana N. Barboza
Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP


A prosperidade depende mais de como nos relacionamos com o dinheiro do que o dinheiro que temos no banco.

Para construirmos uma vida próspera precisamos mais do ganhar e gastar. A conquista dos bens materiais, o sucesso profissional, a boa saúde financeira está diretamente ligada a valores como generosidade e desapego.

O consultor Ken O”Donell” , australiano radicado no Brasil, afirma “ Como uma reação de causa e efeito, quando somos menos egoístas e direcionamos nosso talento para proporcionar bem-estar a outras pessoas, atraímos o que se chama de sorte, que nada mais é do que um sinal do Universo retribuindo a nossa ação”.

Uma das primeiras crenças a serem quebradas é de que DINHEIRO TRAZ FELICIDADE. Se fosse verdade não haveria nenhuma pessoa milionária infeliz e o inverso também, ou seja, não haveria nenhum pobre feliz.

A associação que há entre o dinheiro e a felicidade é mais da utilização dada a ele do que da quantidade que se tem. Se uma pessoa pobre tem preocupações com as contas, uma pessoa rica tem preocupação com a segurança.

Para recebermos do Universo precisamos estar disponíveis a doar para ele. Quando buscamos alcançar objetivos que não sejam somente voltados a nós, muitas vezes  prejudicando outros, temos maior chance de alcançá-los, pois a energia mobilizada será maior, uma vez que envolverá também as outras pessoas que serão beneficiadas. 

É necessário que saibamos controlar nossa ambição até o limite saudável. Para isso podemos fazer algumas perguntas a nós tais como: precisamos mesmo de tudo que queremos? Não estamos gastando energia correndo atrás de símbolos de status? Estamos competindo com alguém?

Na Índia as crianças fazem uma brincadeira em que colocam um macaco frente a um pote de vidro cheio de amendoins. O macaco tentando pegar o maior número de amendoins, enche a mão, mas isso faz com que ele não consiga retirar a mão do pote.

Precisamos usar de nossa racionalidade e em certos momentos abrir mão de algumas coisas para podermos conseguir outras.

Será que em determinados momentos nos tornamos escravos do dinheiro? É necessário observarmos o tempo todo como nossa mente conduz nossas ações com o objetivo de obter riquezas. Corremos o risco de nos deixar levar pela ganância, o apego, o consumismo e nos tornarmos escravos do dinheiro.

Se olhamos principalmente para o que nos completa interiormente ao invés de externamente conseguiremos mais facilmente achar nosso equilíbrio e não nos  abalarmos com a ausência de bens materiais. Quanto maior valor damos aos bens materiais mais eles se afastam de nós.




Podemos substituir a busca pelos bens materiais, ou seja o TER, pelo conhecimento de quem somos e o que queremos, que significa o SER e assim descobrir e exercer nossos talentos e dons que com certeza nos dará satisfação e conseqüentemente a recompensa por isso.

A realização plena só é possível quando podemos ser nós mesmos. O consumismo é uma das culpas da modernidade, e grande causadora da busca desenfreada pelo dinheiro.

Se tivermos consciência na hora de consumir, com certeza teremos sobra de dinheiro para utilizar em outras necessidades.

A doação é uma parte importante da nossa relação com o
dinheiro. Para o indianos, somos ricos não apenas quando “temos” para nosso usufruto mas também quando podemos oferecer aos outros.

Mas é importante saber o caminho da doação, para que não sejamos participantes de uma ação com efeito contrário ao desejado.

Outro ponto muito importante na obtenção do dinheiro é o
reconhecimento de nossos talentos e a merecida recompensa por eles. A forma como nos vemos é a mesma forma como seremos vistos pelos outros, portanto, se não nos achamos merecedores de ter dinheiro, ninguém achará que temos esse merecimento.

“Lembremo-nos de que o Tesouro Real da Vida está em
nosso coração” (Emmanuel)

REFERÊNCIA:

WEIGL, W.F.D. Siga a trilha do dinheiro. Bons Fluidos. São Paulo. novembro/2003.

XAVIER, F.C. Dinheiro, Espírito de Emmanuel. Araras,
São Paulo, IDE, 2007

Postado por Mariângela Freitas


  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário