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O CONGRESSO



Alguém dirá que este texto foi escrito somente para professores e professoras. Eu, porém, afirmo que se você não é um deles, mas está aqui, lendo-o neste momento, é por alguma razão.

Estive essa semana, durante três dias, participando de um Congresso de Educação, na bela e simpática capital do Ceará. Ali estavam alguns dos melhores educadores, escritores e técnicos da área.

Realizado pela Empresa “FUTURO EVENTOS”, o Congresso trouxe até Fortaleza, palestrantes como: Luiz Schettini Filho (PE), Jader Souza (BA),Vasco Moretto (DF), Lúcia Fidalgo (RJ), Mário Sérgio Vasconcelos, Marcelo Sando e Celso Vasconcelos (SP), Gilberto Wiesel e Max Haetinger (RS), José Pacheco e Rui Trindade (Portugal) e o apaixonante EGÍDIO ROMANELLI  e Sandra Bozza (PR), entre outros. 

Os temas abordados iam das NTICs (Novas Tecnologias da Informação e Comunicação) à Neuropsicologia e à Administração Escolar, etc.

A plateia formada por pessoas dos mais diversos pontos desse país e das mais variadas profissões: professores, técnicos em educação, gestores escolares, secretários municipais de educação, administradores, empresários, donas de casa, mães e pais, aposentados, jovens, adultos, idosos, jornalistas, advogados, enfermeiros, bancários... Enfim, uma miscelânea de cheiros e cores.

Fiquei impressionada com o número volumoso de participantes. Do começo ao fim.  Nos três auditórios do hotel, lotados, e via-se no olho de cada um, o brilho dos que sonham e acreditam em sua profissão de educador.

Ninguém saiu para a beira-mar, ninguém deixava de vir depois do almoço porque fora tirar uma soneca. Ninguém queria perder um momento do valioso conteúdo e beleza ali expostos.

E eu em meio a tantos conhecimentos novos, estava garimpando outros saberes para meu fazer profissional. Fui buscar conhecer as novas teorias educacionais, algo especial, inovador que pudesse me fazer enxergar melhor o meu mundo; O Mundo de Mariângela.

E fiquei impressionada, feliz, motivada, provocada pelo entusiasmo e pela cultura de todos os palestrantes. Esses acreditam que é a Educação que salvará o mundo de todas as suas misérias.

A vontade que me deu, foi de trazer todos eles para nosso sertão; para nossas pequenas cidades do interior. Trazer todos aqueles estudiosos de primeira linha: aqueles educadores e professores, palestrantes e técnicos em educação que preocupados com o futuro das novas gerações; com o futuro das nossas crianças e dos nossos jovens vieram de tão longe para nos trazer o que há de mais novo na Pedagogia.

E o que é que há de mais novo na Pedagogia? Novos lápis? Canetas luminosas e mais coloridas? O que há de tão interessante que chamou a atenção de tanta gente?

Ah! Querem saber?
Nada além do amor.
- O amor?
- Sim, o amor.

O amor, unido à pesquisa e ao conhecimento científico, que cuida, que protege, que educa, que faz a construção de um homem e uma mulher melhores, mais sociáveis e cheios de compaixão.

Esse amor deve estar nas relações educativas: família, escola e sociedade.

Não nos falaram, nesse Congresso, de medicamentos que possam tornar os meninos e as meninas mais educados, mais inteligentes. Não nos disseram que já existem brinquedos ou jogos eletrônicos que possam entreter os jovens e torná-los inacessíveis às drogas, à violência e à prostituição. Nada disso nos afirmaram nesse encontro tão especial.

Os congressistas nos afirmaram, categoricamente, que uma criança só desenvolve bem seu intelecto e suas emoções se em seu ambiente familiar e escolar se existir amor.

O neuropsicólogo paranaense, Egídio Romanelli, nos contou uma extraordinária história que aconteceu em seu consultório:

Um italiano casou-se com uma japonesa, aqui no Brasil. E preocupados com o futuro da criança foram ao Dr. Romanelli saber quando se começa a educar um bebê. O eminente professor lhes disse: “Comecem ensinando línguas.” E o casal passou a seguir o estranho conselho. O bebê ainda estava na barriga da mãe e eles “conversavam” com a criança.

O pai lhe dizia: “Filho ou filha, quando você chegar será recebido com muito carinho”.
E a mãe lhe falava a mesma coisa e algo mais. Diziam palavras amorosas e de esperança; de conforto e tranquilidade. Com uma observação: a mãe falava com o pequeno ser em seu ventre, em japonês e o pai, em italiano. Isso durante os nove meses de gestação.

Final feliz: nasceu para esse casal, uma menina que ao completar três anos de idade, falava três línguas: japonês, italiano e português.

Extraordinário! Repito. Extraordinário! Impressionante!

Professor, professora, papai, mamãe, titio, avô, avó, enfermeiras, cuidadores, babás...


Senhora Presidente da República, senhores senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, senhores e senhoras secretários de educação,  não descuidem da infância e da juventude do nosso país.

Nós somos responsáveis pela harmonia em nossa comunidade; pelos seres humanos que deveremos formar.

Façamos nossa parte e trabalhemos para formar bons indivíduos. Esta é a culminância da Educação: formar cidadãos ativos, críticos e participativos.

Concluimos nosso artigo lembrando o filósofo chinês, Confúcio (551a.C. - 479 a.C.) que dizia: "Eduquemos os meninos e não será necessário machucar os homens."

Artigo escrito por Mariângela Freitas.
Em 29.01.2012 , domingo.



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