O CONGRESSO
Senhora Presidente da República, senhores senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, senhores e senhoras secretários de educação, não descuidem da infância e da juventude do nosso país.
Em 29.01.2012 , domingo.
Algumas fotos do Congresso
QUE FAZEMOS DO NOSSO TEMPO?
Deus pede estrita conta de meu tempo,
NÃO RECEBI...
Pedi a Deus para ser forte a fim de executar projetos grandiosos, e ele me fez fraco para conservar-me humilde. Pedi a Deus que me desse saúde para realizar grandes empreendimentos e Ele deu-me a doença para compreendê-lo melhor. Pedi a Deus riqueza para tudo possuir, e Ele deixou-me pobre para não ser egoísta. Pedi a Deus poder para que os homens precisassem de mim e Ele deu-me humildade para que Dele precisasse. Pedi a Deus tudo para gozar a vida e Ele me deu a vida para gozar de tudo. Senhor, não recebi nada do que pedi mas deste-me tudo o que eu precisava e, quase contra a minha vontade, as preces que não fiz foram ouvidas. Louvado sejas ó meu Deus! Entre todos ao Homens ninguém tem mais do que eu! Autor DesconhecidoFonte:http://www.bilibio.com.br/mensagem/83/Nao+recebi+nada+do+que+pedi.html |
SOMOS ANIMAIS RACIONAIS???
O PESO QUE A GENTE LEVA
Ando pensando sobre as malas que levamos...
Elas são expressões dos nossos medos. Elas representam nossas inseguranças. Olho para o viajante com suas imensas bagagens e fico curioso para saber o que há dentro das estruturas etiquetadas. Tudo o que ele leva está diretamente ligado ao medo de necessitar. Roupas diversas; de frio, de calor – o clima pode mudar a qualquer momento! – remédios, segredos, livros, chinelos, guarda chuva – e se chover? –, cremes, sabonetes, ferro elétrico – isso mesmo! – Microondas? – Comunique-me, por favor, se alguém já ousou levar.
O fato é que elas representam nossas inseguranças. Digo por mim. Sempre que saio de casa levo comigo a pretensão de deslocar o meu mundo. Tenho medo do que vou enfrentar. Quero fazer caber no pequeno espaço a totalidade dos meus significados. As justificativas são racionais. Correspondem às regras do bom senso, preocupações naturais para quem não gosta de viver privações.
Nós nos justificamos. Posso precisar disso, posso precisar daquilo...
Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?
As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?
Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.
É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.
E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.
É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.
Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...
Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.
Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.
Padre Fábio de Melo
Fonte da pesquisa: http://padrefabiodemeloanjodeluz.blogspot.com/2009/06/o-peso-que-gente-leva.html
GAIOLAS VAZIAS
DEIXA-ME VOAR...
Deixa-me voar...
Nasci para voar. Por que me trancafias nesta gaiola fria? Por acaso tu queres me condenar à solidão e ao desencanto somente porque aprecias o meu canto?
Olho para o céu e sonho com as verdejantes montanhas. Penso nas flores silvestres: como devem estar lindas depois das primeiras chuvas após este intenso verão!
Penso em meus irmãos. Pássaros livres e felizes que passam por aqui, me cumprimentam eu lhes respondo:
-Bom dia, acauã, asa branca, azulão!
-Boa tarde, carcará, curripião, garça branca, galo de campina, papagaio, rolinha-caldo-de-feijão, soldadinho-do-araripe!
-Boa noite, dona coruja!
E assim passam todos. Passam todos por mim e eu espero, espero por minha liberdade.
Onde estará o meu advogado? Onde encontrar o juiz que me conte os males que fiz? Os desatinos que cometi?
Preso porque canto? Porque sou belo e feliz? Condenado porque o homem nasce sem asas e quer roubar as minhas penas?
Ergo os meus olhos aos céus e faço uma oração ao meu Criador: "Tira-me daqui, Senhor! E em meu lugar coloca um bilhete aos caçadores cruéis, dizendo-lhes: Gostarias por acaso de viveres acocorado nesta fétida gaiola a comer e a beber os restos de um pasto sem sabor?"
Quebrem-se as gaiolas do mundo inteiro!
Quero o bem maior, o bem verdadeiro:
Voar pelo mundo como se fosse num cruzeiro...
Esse meu canto, que acabei de escrever, é para que possamos refletir sobre nossas atitudes equivocadas perante as Leis da Natureza.
Um raio de luz, esperamos espargir para que acordemos de nosso sono milenar e possamos ver o sofrimento que estamos a infligir às AVES que foram criadas para singrar os céus; para voar e gozar da plena liberdade a que têm direito.
É inadiável esta questão. Um dia, mais cedo ou mais tarde, todos veremos o tremendo erro que cometemos, e aí talvez seja tarde demais para quebrarmos essas tristes gaiolas.
Escrito e Postado por Mariângela Freitas, numa tarde de sexta-feira, quando seu coração ficou triste.
20 de Janeiro de 2012
ACONCHEGO
Serra do Martins-RN. Aqui nasci e aqui me criei. Ouvindo o canto dos pássaros, acordando nas manhãs frias de inverno para ver a névoa caindo sobre a copa das árvores, invadindo as ruas.
Aqui estou de volta à minha terra natal, deitada na grama macia do Hotel Serrano, descansando no lombo de um belo animal esculpido pelo artista plástico martinense, Valter Leite.
Toda a magia de uma infância feliz ocorreu-me neste momento de descontração porque aqui, aonde hoje é este Hotel, era a doce residência de Maria Amável e de Dona Raimundinha Barreto, duas irmãs que criavam como seus filhos duas crianças: Cleide e Chico. Meus amigos de época já distante.
O poema a seguir está inserido no meu livro: Um Beija-Flor no Jardim e aqui o reproduzo para relembrar "meus tempos de criança".
INFÂNCIA
Meu bom tempo meninice,
Oh! Quanta saudade me traz!
Chorei tanto por tolices,
Ainda assim, queria mais.
Nas frias tardes da Serra
Eu, Cleide e Leonimar,
Ceição, João Maria e Chico,
Horas esquecidas a brincar.
De casinha, carrinho e peteca,
Futebol, balanços e alegria,
Fundamentamos a nossa infância
Nas brigas e na gritaria.
Havia também muitas bonecas,
Nós lhes dávamos guaraná,
Depois comadres e compadres,
Saíamos pra passear.
Oh! Infância doce e distante
Que o vento pra longe levou.
Eu hoje pergunto ao espelho
- Por que o tempo passou ?
Nas terras áridas do meu sertão potiguar...
Juazeiro fotografado no pé da Serra do Martins-RN
A beleza é para "quem tem olhos de ver".
Ao viajar pelas terras áridas do sertão nordestino, encontramos razão para acreditar que poetas e trovadores, músicos e compositores, enfim, almas sensíveis sempre verão o belo, mesmo em meio à aparente melancolia e sob um sol abrasador.
Na Sombra do Juazeiro
Elino Julião
Eu vou lhe esperar, na sombra do juazeiro.
Viver sem carinho eu juro que não dá
Achei um cantinho pra nós conversar,
O povo do lugar é tão fuxiqueiro
Eu vou lhe esperar na sombra do juazeiro.
Lá tem um banquinho pra nós se sentar
Nós fica sozinho ninguém vai olhar.Pode sossegar que eu chego primeiro
Eu vou lhe esperar na sombra do juazeiro
Aqui fazemos nossa homenagem a Elino Julião.
*Eis um pedacinho de sua bela biografia:
Elino Julião (Timbaúba dos Batistas, 13 de novembro de 1936 — 20 de maio de 2006) foi um cantor de forró conhecido pela forte ligação à cultura regional do quente sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte.
Filho de Sebastião Pequeno, tocador de cavaquinho e Concertina. Foi menino butador d'água junto ao seu estimadíssimo jumentinho "Moleque", no sítio Tôco, onde cantarolava batendo numa lata as modinhas que aprendia na festa de Sant`Ana em Caicó - RN.
Na casa grande da fazenda, onde se reuniam os moradores da redondeza, Elino Julião fazia a alegria da rapazeada. Costumava sair da fazenda descalço e a pé, rompendo 18 km de caatinga para bater a famosa " peladinha " em frente à Igreja de Sant`Ana na cidade de Caicó e articular-se, claro, para cantar na sede do Caicó Esporte Clube, no domingo à tarde. Cantar para Elino, já era êxtase.
Nos anos 1950, destemidamente o garoto de 14 anos "pegou morcego" no caminhão de Artur Dias e veio para Natal, se escondeu no bairro das Quintas e logo garantiu seu espaço para cantar no Programa Domingo Alegre da Rádio Poti, junto ao radialista Genar Wanderley e no animado Forró da Coréia, onde hoje é o o Estádio de futebol Machadão, forró esse que o inspirou a compor um dos seus grandes sucessos: "O forro da Coréia".
Menino esperto que trouxe no sangue as raízes do autêntico "forró pé de serra" do sertão nordestino, registrou e divulgou com originalidade e alegria a cultura e as tradições dos folguedos populares nordestinos por mais de de 4 décadas.
Fonte: http://letras.terra.com.br/elino-juliao/1743992/
Postado por Mariângela Freitas - Blog: O MUNDO DE MARIÂNGELA
VIVENDO PACIFICAMENTE
"O Progresso"
Roberto Carlos
Eu queria poder transformar tanta coisa impossível
Eu queria dizer tanta coisa
Que pudesse fazer eu ficar bem comigo
Eu queria poder abraçar meu maior inimigo
Eu queria não ver tantas nuvens escuras nos ares
Navegar sem achar tantas manchas de óleo nos mares
E as baleias desaparecendo
Por falta de escrúpulos comercias
Eu queria ser civilizado como os animais
Eu queria ser civilizado como os animais
Eu queria não ver todo o verde da terra morrendo
E das águas dos rios os peixes desaparecendo
Eu queria gritar que esse tal de ouro negro
Não passa de um negro veneno
E sabemos que por tudo isso vivemos bem menos
Eu não posso aceitar certas coisas que eu não entendo
O comércio das armas de guerra da morte vivendo
Eu queria falar de alegria
Ao invés de tristeza mas não sou capaz
Eu queria ser civilizado como os animais
Eu queria ser civilizado como os animais
Eu queria ser civilizado como os animais
Não sou contra o progresso
Mas apelo pro bom senso
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso
Eu não sou contra o progresso
Mas apelo pro bom senso
Um erro não conserta o outro
Isso é o que eu penso
Fonte: http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/424486/
A NATUREZA AO ALCANCE DA MÃO
A ROSA
Vejam : a rosa caiu, despetalou!
Em torno da roseira
Os pedacinhos macios forram o chão
Fazendo uma bela colcha de retalhos.
Mas eu não queria assim,sabe?!
Eu queria ter dado aquela rosa
Para meu bem.
* Poema de Mariângela Freitas - do seu livro: UM BEIJA- FLOR NO JARDIM. p.106
* Esta fotografia foi colhida nos jardins da cidade de Martins-RN
PERMITA-ME SER
CAPELA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, LAGOA NOVA- MARTINS- RN
Para ouvir o murmúrio do mar,
Tocaram sinos na capela
Convidando-me a meditar....
Queria ser o abraço fraterno,
A mão que afaga a fúria sombria,
O cesto de pão que sacia a fome,
O amor mais sincero para a vida vazia.
Queria ser a palavra mais certa,
A verdade que esmaga a mentira ardilosa,
O suor que escorre no rosto do justo,
O perdão que acalma a ação criminosa.
Queria ser a força da chuva
Que cai no deserto, no asfalto, no chão,
O olhar mais sereno, mais puro,amigo,
A amizade mais doce de irmão pra irmão.
Queria ser a humildade perene,
A certeza, a esperança, a alegria, a canção.
O sono doa sábios, a luz que clareia,
Oh, Senhor! Permita-me tão sublime doação
* Poema de Mariângela Freitas e está inserido em seu Livro: UM BEIJA-FLOR NO JARDIM, p.103
Uma Prosa Para Um Final de Domingo
Sabe, num final de domingo, depois de ter passado o dia ocupada, decidi escrever alguma coisa. Tolices, pra variar. E isso não vai para o meu blog, ali só falaremos de coisas sérias...
Eu vou ter que fazer outro blog, sabia? Com pseudônimo pra deixar essas coisas lá, pra todo mundo ler.
É assim:
Quando eu morrer, morrer mesmo. Nada de desencarnar, os não-espíritas nem sabem o que é isso. E quando eu chegar lá por cima, no firmamento azul celeste, São Pedro certamente estará ali, sério, sonolento e quem sabe, mal-humorado - os santos também se aborrecem, não é?
Pois sim, eu chegarei pela madrugada. Assim como cheguei aqui na Terra - eram três da manhã de uma segunda-feira, veja só que menina esperta. Chegou cedo pro trabalho.
Então... chegarei pela madrugada e pegarei São Pedro sonolento. Minha mala ali do lado e uma vontade louca de adentrar as portas do céu.
-Dá licença, senhor São Pedro? Posso entrar?
-Espere aí que vou ver sua ficha.
(Tremo da cabeça aos pés e digo: é hoje que pego o trem das onze!!!)
-Aqui tá escrito que você fez as coisas direitinho - errando ali, acertando acolá.
Eu pergunto:
-Na média final fiquei com quanto?
- 7,5 - diz ele.
-Ah, então abre o portão, meu filho, já tou dentro.
Entro no céu. Meu Deus!!! As macieiras. Era o que eu mais queria ver na vida: lindos pomares e perfumadas maçãs. (Eu nem gosto mais de maçã, mas adoro vê-las).
Ali vem um dos chefes. Pergunto por Jesus, ele me diz: tá cedo pra vê-Lo. Vamos analisar melhor seu boletim, São Pedro está meio distraído.
Então é chegada a hora. Eu falo: senhor Anjo do céu, me dê um mês de férias, sem cobranças, sem análise de boletins, sem nada. Ele então me concede umas boas férias.
Saio correndo e volto pra Terra. Eis que chego numa bela manhã de domingo. Vou realizar meu sonho:" brincar de assombração".
Entro na casa das minhas amigas, dos conhecidos e desconhecidos. Fico atrás de uma porta e faço: Psiiiiiiuuuuuuuu
Panelas voam, vassouras caem, gritos ecoam, correrias, sandálias se perdem. Chamem o padre, vamos benzer a casa.
E eu: eeeeeiiiiiiii!!!!!
Cavalos a galope, velhas desmaiando, meninos gritando, cabelos arrepiados...
E eu de novo: uuuuuuuhhhhhhhhhhh!!!
Vai ser muito engraçado. Vou me divertir demais.
Depois só me resta voltar pro céu e perguntar pro anjo se brincadeiras assim fazem mal. E ele diz: mal nenhum, eu também já fiz minhas traquinagens.
Escrito por Mariângela Freitas - Uma prosa para um final de domingo.